Rio: manifestantes fazem marcha pela liberação da maconha

Manifestantes fazem uma passeata a favor da liberação da maconha na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, nesta tarde. Eles saíram do Jardim de Alah por volta das 16h30 em direção à Pedra do Arpoador e estão sendo acompanhados pela Polícia Militar. Até o momento, o ato é pacífico. Eles estão segurando cartazes com […]

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Manifestantes fazem uma passeata a favor da liberação da maconha na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, nesta tarde. Eles saíram do Jardim de Alah por volta das 16h30 em direção à Pedra do Arpoador e estão sendo acompanhados pela Polícia Militar. Até o momento, o ato é pacífico. Eles estão segurando cartazes com dizeres como “Posso plantar?” e “A guerra às drogas mata milhares de pobres”.

Vários pais de crianças doentes que pedem a liberação de derivados da maconha para fins medicinais participam da marcha. Durante o ato ocorreu uma homenagem para um garoto de Cuiabá que morreu recentemente, dois dias depois de a família conseguir na Justiça a autorização para importar derivados da maconha.

Os pais reclamam que existe uma hipocrisia da maneira com que é tratada substância.

A advogada Margarete Brito levou sua filha de cinco anos de idade, Sophia Langenbach, para a marcha. A menina possui a síndrome CDKL5 – causadora de doze crises convulsionais por semana. Margarete afirma que a família quer que seja permitida legalmente a importação do Canabidiol, medicamento derivado da maconha e vendido nos EUA como um suplemento alimentar.

“Essa substância tem o poder de parar as convulsões de crianças com o mesmo problema que minha filha”, disse a advogada. “O que existe é uma hipocrisia com a folha da maconha”, completou.

A engenharia Mari Torrado, 53 anos, veio de Bombinhas (SC) para participar da marcha no Rio. Sua filha tem esclerose tuberosa, doença degenerativa que causa de 30 a 40 convulsões por dia. “Se a minha filha pudesse usar o canabidiol, ela passaria a ter apenas uma convulsão a cada quatro meses. Teria capacidade cognitiva e motora e seria capaz de andar novamente”, disse a mãe.

A passeata é pacifica até o momento. Alguns manifestantes fumam cigarros de maconha.

Pelo menos quatro pessoas que vinham para a marcha de Magé (RJ) foram detidas pela polícia por posse de drogas e três por desacato. Segundo o advogado André Barros, eles teriam alugado um ônibus e no caminho foram parados pela policia.

O advogado reclamou que a policia aprende apenas pessoas com pequena quantidade e que os grandes importadores ficam solta. “São toneladas de drogas e a policia tem uma política de guerra que prende só pessoas que estão algumas gramas. Com quem produz e distribui nada acontece”.

Barros estima que 9 mil participam da Marcha. A PM contradiz e afirma que a passeata recebeu 2,5 mil pessoas.

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