Quatro gringos contam como é ver jogo do Brasil na favela
Não teve o esperado grito de gol, e também não se tratou de um grande jogo, mas para quatro turistas estrangeiros, pouco importou que Brasil e México empataram sem gols em partida para lá de truncada pela segunda rodada do grupo A da Copa do Mundo. Na tarde da última terça-feira, os colombianos Maurício Rodríguez […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Não teve o esperado grito de gol, e também não se tratou de um grande jogo, mas para quatro turistas estrangeiros, pouco importou que Brasil e México empataram sem gols em partida para lá de truncada pela segunda rodada do grupo A da Copa do Mundo. Na tarde da última terça-feira, os colombianos Maurício Rodríguez e Jonathan Alzate, o mexicano Daniel Pinzón e a escocesa Hannah Kerr tiveram uma legítima experiência de quem veio ao País não apenas para ver as partidas da Fifa Fan Fest, nas areias da praia de Copacabana.
Eles subiram o morro. Foram até uma favela. Sentiram o cheiro e a fumaça do churrasco. Provaram caipirinhas com cachaça barata. Pagaram R$ 5 na cerveja “litrão”. Se assustaram com os morteiros que as crianças da comunidade Santa Marta, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, insistiam em jogar perto deles. E relatam com exclusividade para a reportagem do Terra como foi ver a Seleção Brasileira num local onde consideram ter vivido uma rara e única experiência.
Escócia: Hannah Kerr-Peterson, 25, vive em Londres há quatro anos
Estou no Brasil há quatro meses e meio. Esse País sempre me encantou. Estou chateada que vou voltar para Londres logo mais. Ainda mais depois dessa experiência aqui hoje (terça-feira). Nunca gostei de coisas muito turísticas. Coisa para “gringo ver”, como eu ouvi vocês falando por aqui. E acho que nada resume isso melhor do que o que eu vivi hoje aqui. Foi minha primeira vez na favela. Minha primeira vez, e logo com um jogo do Brasil. Me encantei como as crianças são felizes, mesmo tendo uma vida difícil. Elas caminham por todos os lados. E aprontam muito, me assusto toda hora com essas bombinhas que elas estouram. Isso aqui é a realidade do Brasil. Era isso que eu queria viver. Foi algo muito excitante, para resumir o meu sentimento. Quando eu voltar para a Europa e alguém me perguntar como é o seu País, vou falar para eles virem aqui e olharam com os próprios olhos. O Rio de Janeiro e o Brasil não é apenas o Cristo Redentor.
Colômbia: Maurício Rodríguez, 25, Barranquilla. Jonathan Alzate, 29, Cali.
Maurício: “Eu cheguei aqui sem ninguém me falar por onde eu tinha que andar, nada. Não sabia muito bem para onde ir. Fui seguindo o barulho. Me disseram no hostel onde eu estou que essa favela é tranquila. Queria viver uma experiência brasileira legítima. E foi exatamente o que eu encontrei. Vi como um brasileiro de verdade vê uma partida de sua seleção. Não queria ir para a (Fifa) Fan Fest, lá só tem estrangeiro, a cerveja é cara, não me parece muito o Brasil. Aqui eu encontrei essa cerveja grande, e dei muita risada de ver como vocês torcem. A cada gol que o Brasil perdia, voavam copos e mais copos de cerveja. Vou guardar essa experiência para sempre. E vou aconselhar os amigos que queiram vir para fazer o mesmo.
Jonathan: Foi uma experiência muito linda. É um ambiente fenomenal. A gente sabe que tem pobreza aqui, que as pessoas sofrem de alguma forma. Mas me parece que elas são mais felizes que as pessoas lá de Copacabana, onde estamos hospedados. Não sei se aqui é violento ou não. Mas vejo muita alegria. É incrível como o Brasil transpira futebol, e aqui ainda mais.
Acho que todo mundo deveria fazer isso uma vez na vida pelo menos. Vou guardar essa experiência com carinho.
México: Daniel Pinzón, 45, Cidade do México. Primeira vez no Brasil
Sei que sou meio traidor aqui hoje (ele é o único no local com a camisa da seleção mexicana). Mas ninguém mexeu comigo, ninguém me importunou e muitos tiraram fotos, brincando comigo. Acho que esse é mesmo o povo do Brasil. Sempre quis experimentar como era uma favela. Meu país também tem seus problemas de violência, mas o que eu encontrei hoje aqui foi só alegria. Ainda bem que o meu time não perdeu, mas te digo: não poderia ter melhor oportunidade para eu conhecer um favela. Foi muito empolgante. Sentei, tomei minha cerveja e gente que eu nem conhecia veio me oferecer linguiça e cerveja. De graça. Foi algo maravilhoso. Não imaginei que seria tão bem tratado aqui. Foi sensacional.
Notícias mais lidas agora
- Semadur admite que constatou irregularidades em bar que virou pesadelo para moradores no Jardim dos Estados
- Dono de espetinho preso por vender carne em meio a baratas e moscas é solto com fiança de R$ 1,4 mil
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
Últimas Notícias
Fuzileiros ocupam entorno de hospital onde médica foi morta no Rio
Geriatra Gisele Mendes de Souza e Mello foi vítima de bala perdida
Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio de Campo Grande
Casos aconteceram entre outubro e dezembro e seguem em investigação
Após oito dias, Andressa Urach anuncia término com ator pornô: “Sou intensa”
Antes do término, Andressa Urach e Cassiano França chegaram a tatuar seus respectivos nomes no corpo; entenda o que aconteceu
Provas de processo seletivo para estagiários e residentes do MPMS acontecem no domingo
Candidatos podem consultar os locais de prova no site oficial da Fapec
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.