Pastor Everaldo promete privatizar Petrobras e prega contra casamento gay

O candidato à Presidência Pastor Everaldo (PSC) afirmou, em entrevista na noite desta terça-feira (19) ao “Jornal Nacional”, da TV Globo, que irá privatizar a Petrobras e “tudo o que for possível” caso seja eleito. “Defendo um estado mínimo, reduzir o número de ministérios de 39 para 20, passar tudo que for possível para iniciativa […]

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O candidato à Presidência Pastor Everaldo (PSC) afirmou, em entrevista na noite desta terça-feira (19) ao “Jornal Nacional”, da TV Globo, que irá privatizar a Petrobras e “tudo o que for possível” caso seja eleito.

“Defendo um estado mínimo, reduzir o número de ministérios de 39 para 20, passar tudo que for possível para iniciativa privada”, disse. “Vou privatizar tudo que for possível. Vou privatizar a Petrobras, uma empresa que foi orgulho nacional e hoje é foco de corrupção, com uma dívida de mais de R$ 300 bilhões.”

Repetindo o que disse no programa eleitoral exibido hoje, o candidato evangélico também se manifestou contra o casamento gay e o aborto. “Sou contra a legalização das drogas. Minha candidatura é em defesa da vida e do ser humano desde sua constituição; defendo a família como está na Constituição [Federal]: casamento pra mim é homem é mulher.”

Apesar de se alçar à Presidência, Everaldo nunca ocupou um cargo no Legislativo ou no Executivo. Questionado sobre a falta de experiência, ele citou sua atuação na iniciativa privada. “Sou um empreendedor brasileiro”, disse. “A diferença do Estado para a iniciativa privada é que o Estado hoje não trabalha com a meritocracia.”

Everaldo foi indagado pelos apresentadores sobre o fato de o PSC sempre ter se aliado a partidos de esquerda, como o PT e o PDT de Leonel Brizola, e hoje defender um projeto político totalmente distinto, marcado pelo conservadorismo nos costumes e o liberalismo na economia. “Minha ideologia sempre foi a mesma: sempre quis o empreendendorismo. Sempre pensei dessa maneira porque minha vida é dessa maneira.”

Sobre o rompimento com o governo Dilma, o qual sua sigla apoiou durante boa parte da atual gestão, Everaldo afirmou que tratava-se de “uma aliança baseada em princípios” que rompeu-se porque “foi estabelecido um aparelhamento do Estado.”

Perguntado se o PSC rompeu com o PT por não ter recebido o número de cargos desejados na administração, Everaldo afirmou: “natural que esperávamos um espaço. Não é um toma lá da cá. Nós ficamos decepcionados pela maneira que foi formado o governo, que não abarcava nossos princípios.”O candidato do PSC obteve 3% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha, divulgada ontem. Everaldo tem mantido o mesmo percentual há várias pesquisas.

Pastor Everaldo é o quarto entrevistado pelo Jornal Nacional. Ontem, Dilma foi entrevistada no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. Na semana passada, o telejornal entrevistou o tucano Aécio Neves na segunda-feira e Campos na terça, véspera da morte do ex-governador de Pernambuco. Diferentemente de Dilma, Aécio e Campos foram entrevistados na bancada do jornal.

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