Manifestantes prosseguem com protestos pela renúncia do governo de Hong Kong
Os manifestantes que exigem de Pequim mais liberdades democráticas se reuniram diante da sede do governo em Hong Kong para exigir a renúncia do chefe do Executivo local. Caso a exigência não seja atendida, eles ameaçam intensificar o movimento. O governo de Hong Kong pediu, por sua vez, que os manifestantes se dispersem pacificamente o […]
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Os manifestantes que exigem de Pequim mais liberdades democráticas se reuniram diante da sede do governo em Hong Kong para exigir a renúncia do chefe do Executivo local.
Caso a exigência não seja atendida, eles ameaçam intensificar o movimento.
O governo de Hong Kong pediu, por sua vez, que os manifestantes se dispersem pacificamente o quanto antes possível, uma vez que os protestos “tiveram um impacto sério na cidade”.
Este pedido, que tem o tom de uma advertência, e a movimentação policial, principalmente com a chegada de muitas caixas de balas de borracha, intensificaram a tensão.
“O governo e a polícia pedem aos que estão concentrados nas imediações do quartel-general da polícia, do CGO (sede do governo) e do CEO (gabinete do chefe do executivo), que deixem de bloquear o acesso e se dispersem pacificamente o quanto antes possível”, afirma o comunicado oficial.
Mais de 3.000 pessoas se reuniram no início da manhã no Conselho Legislativo e na sede do governo, no centro de Hong Kong, para exigir a renúncia de Leung Chun-ying, considerado pelos manifestantes uma marionete de Pequim.
Ao mesmo tempo, a China advertiu que a comunidade internacional não deve interferir na crise, a mais grave desde a devolução da ex-colônia britânica a Pequim em 1997, enquanto muitas pessoas em todo o mundo expressam apoio ao movimento pró-democracia de Hong Kong.
“Este governo chinês declarou muito firme e claramente sua posição. Os assuntos de Hong Kong são assuntos internos da China”, ressaltou o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, durante um encontro com o secretário dos Estados Unidos, John Kerry, em Washington.
“Todos os países deveriam respeitar a soberania da China e isso é um princípio básico nas relações internacionais dos governos”, afirmou Wang.
“Creio que qualquer país, qualquer sociedade, não permitiria estes atos ilegais que violam a ordem pública. Isso é o que ocorre nos Estados Unidos e essa é a mesma situação em Hong Kong”, afirmou o diplomata.
Em sua resposta, no entanto, Kerry reiterou seu apelo para que as autoridades de Hong Kong atuem com moderação diante dos protestos nesta ex-colônia britânica, onde dezenas de milhares de manifestantes exigem o sufrágio universal sem limites.
Kerry também pediu “respeito ao direito dos manifestantes de expressar sua opinião de forma pacífica”, e insistiu no apoio dos Estados Unidos ao sufrágio universal em Hong Kong.
Desde domingo, a campanha de desobediência civil ganhou força no território.
Os manifestantes denunciam interferências de Pequim, exigem o sufrágio universal sem condições e não aceitam que nas eleições de 2017 as autoridades chinesas mantenham o controle sobre os candidatos ao cargo de chefe de Governo local.
O movimento pró-democracia também desejam a renúncia de “C”, como chamam o chefe de governo local.
Os militantes da “Revolução do Guarda-Chuva” – como é chamada nas redes sociais – recebem muito apoio do exterior.
No Facebook, um grupo denominado “Unidos pela Democracia: Solidariedade Global com Hong Kong” afirma planejar atos neste sentido, da Austrália aos Estados Unidos.
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