Campanha nas ruas: salário para quem faz ‘bandeiradas’ vai de R$ 800 a R$ 3 mil por mês
As pessoas que ficam em pontos estratégicos balançando as bandeiras de candidatos e coordenadores desse grupo podem ganhar entre R$ 800 e R$ 3 mil. No período que antecede as eleições, elas aproveitam para ganhar uma graninha extra ou mesmo ser sua fonte de renda. Adriana Ferreida Souza, 22 anos, trabalha com bandeiraço pela terceira vez. […]
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As pessoas que ficam em pontos estratégicos balançando as bandeiras de candidatos e coordenadores desse grupo podem ganhar entre R$ 800 e R$ 3 mil. No período que antecede as eleições, elas aproveitam para ganhar uma graninha extra ou mesmo ser sua fonte de renda.
Adriana Ferreida Souza, 22 anos, trabalha com bandeiraço pela terceira vez. Ela era operadora de caixa e pediu demissão antes de começar a trabalhar na campanha. Apesar disso, ela disse que neste período ela aproveita para fazer um extra na renda. “É um meio de conseguir verba extra”, afirmou.
A jovem balança bandeira e cola adesivos em veículos das 8 horas às 17 horas fazendo um intervalo de duas horas. Adriana ainda faz “hora extra” no horário noturno para aumentar o rendimento. Para quem trabalha apenas durante o dia recebe R$ 800 e para quem estende até a noite, a remuneração atinge R$ 1 mil.
A coordenadora do grupo, Rose Gauto, de 36 anos, disse que é a primeira vez que trabalha diretamente com candidato. Ela disse que a remuneração para coordenação varia entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Sua função é uma espécie de “mãezona” já que tem de organizar a equipe, zelar pelos integrantes, acompanhá-los no transporte e cuidar das refeições.
“Além de cuidar da posição das bandeiras e do transporte também participamos de reuniões grandes”, explicou Rose. Outro ponto destacado foi que o pessoal do bandeiraço é diferente de cabo eleitoral. “Bandeira ganha mais que cabo eleitoral”, ressaltou. Na última eleição, a remuneração média de cabo eleitoral era de R$ 300 a cada 15 dias.
A coordenadora considera a campanha deste ano atípica por ainda estar fria. Ela cuida de um grupo de 20 pessoas. “Tá tardio de forma geral. Em 2010, meu grupo tinha 80 pessoas”, pontuou.
Contratação
Para compor os grupos de trabalho, Rose disse que a contratação é feita, normalmente, por indicação de coordenadores de bairros que fazem parte do grupo. “Os coordenadores de bairros acabam indicando. Também tem pais e parentes que já trabalharam e levam gente para a campanha”, explicou.
Larissa Ossuna, de 18 anos, foi uma indicação do sobrinho da coordenadora, Emerson Juninho. “Juninho é meu amigo e avisou que estavam precisando de gente”, resumiu a jovem que foi contratada na semana passada. Ela disse que nunca trabalhou e aceitou por causa da remuneração: “Fui por causa do dinheiro”.
No momento da entrevista, Márcio Luiz Antunes, de 29 anos, estava passando pelo bandeiraço e perguntou a Rose se estavam contratando para a campanha. “Já trabalhei em outras campanhas. Para quem está desempregado como eu é ótimo”, disse. Segundo ele, naquela época ele recebeu cerca de um salário mínimo.
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