África do Sul usa Forças Armadas para conter protesto pós-eleitoral

África do Sul enviou as Forças Armadas para conter protestos durante a noite numa favela de Johanesburgo, e a polícia prendeu 59 pessoas, numa ação do governo do Congresso Nacional Africano (CNA) para reprimir distúrbios após a sua vitória eleitoral. Embora o CNA continue popular entre a maioria negra da África do Sul, 20 anos […]

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África do Sul enviou as Forças Armadas para conter protestos durante a noite numa favela de Johanesburgo, e a polícia prendeu 59 pessoas, numa ação do governo do Congresso Nacional Africano (CNA) para reprimir distúrbios após a sua vitória eleitoral.

Embora o CNA continue popular entre a maioria negra da África do Sul, 20 anos depois do fim do Apartheid, há uma crescente insatisfação entre os milhões que vivem em situação de pobreza.

Protestos violentos contra, por exemplo, a falta de acesso à água ou a luz, são comuns nas áreas pobres, mas intervenções militares têm sido raras.

Na sexta-feira, a polícia usou balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar manifestantes que queimaram pneus e montaram barricadas em Alexandra, no norte de Johanesburgo, disse o porta-voz das forças de segurança, Neville Malila.

Os militares foram enviados para dar apoio à polícia quando a situação piorou durante a noite e vão permanecer no local o tempo que for necessário, segundo porta-voz militar.

Na manhã deste sábado, a situação era calma, e não houve incidentes, de acordo com as forças de segurança.

O CNA venceu as eleições nacionais de 2014 com 62,16 por cento dos votos, de acordo com cálculo provisório da votação de quinta-feira. Os números oficiais devem ser divulgados no fim deste sábado, e o presidente Jacob Zuma deve fazer também neste sábado um pronunciamento à nação.

A quinta eleição pós-Apartheid da África do Sul se deu no geral de forma pacífica. O distúrbio em Alexandra foi o incidente violento mais significativo do pleito.

O político Julius Malema, cuja agremiação de esquerda Combatentes pela Liberdade Econômica ficou em terceiro na votação, pediu calma.

“Povo de Alexandra, fazemos um chamado para que vocês aceitem a derrota. Façam isso de maneira digna”, disse ele à imprensa.

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