Taxista diz que IPVA é isento para quem não é do sindicato desde época do Pedrossian
Taxistas com ponto na rua Barão do Rio Branco, centro de Campo Grande, criticaram o decreto do governador André Puccinelli (PMDB), que isenta IPVA aos taxistas não associados ao sindicato. “Sempre houve isenção para todos, desde o tempo do Pedrossian. Não vai mudar nada, estão querendo mostrar serviço”, avalia Carlito Flores, 71, taxista desde 1975. […]
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Taxistas com ponto na rua Barão do Rio Branco, centro de Campo Grande, criticaram o decreto do governador André Puccinelli (PMDB), que isenta IPVA aos taxistas não associados ao sindicato. “Sempre houve isenção para todos, desde o tempo do Pedrossian. Não vai mudar nada, estão querendo mostrar serviço”, avalia Carlito Flores, 71, taxista desde 1975.
Decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira (14), amplia o benefício da isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) aos taxistas de Mato Grosso do Sul não associados ao sindicato da categoria.
Com o consentimento do taxista Milton Alves da Lima, 49, na profissão há vinte anos, cobraram do governador melhores condições nos pontos. “Querem ajudar os taxistas? Tenho uma proposta. A gente ainda pode usar o banheiro dos bares, dos hotéis perto do nosso ponto. E o taxista que tem ponto no final da rua? Ele não tem banheiro”, ressaltou. Os dois ainda reclamaram das taxas de estacionamento e da “exagerada” renovação anual do alvará.
Carlito e Milton são do sindicato desde que viraram permissionários. Seu Carlito criticou os não sindicalizados. “É ser muito relaxado não pagar o sindicato. Coisa de caloteiro, que para mim não tem valor”. Para Milton, o sindicato dos taxistas cumpre bem seu papel. “É importante fazer parte do sindicato, que ajuda muito os taxistas”, disse.
“Deus é o segurança do taxista”
Perguntado sobre os riscos que um taxista corre diariamente, Carlito contou que na década de 80 dois colegas de profissão foram assassinados e foi enfático: “não há nada para se fazer. Deus é o segurança do taxista”. O motorista tem dois filhos que seguiram a profissão do pai. Um deles quis comprar uma arma para ter no carro. Seu Carlito o proibiu na hora.
O taxista contou sua corrida mais perigosa e como escapou de qualquer incidente. “Fiz uma corrida até o Tarumã e o sujeito disse que não ia pagar. Eu respondi para ele que aquele era meu ganha-pão e pedi que outro dia ele passasse no meu ponto e me pagasse”. O passageiro quis brigar e o taxista usou do bom humor. “Disse que nunca que ia brigar com ele, pois ele era muito grande. O sujeito começou a rir, me pagou e foi embora”, conta.
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