RS: espuma do isolamento acústico foi comprada em loja de colchões

A espuma usada no isolamento acústico da Boate Kiss, em Santa Maria, onde mais de 230 pessoas morreram em um incêndio, foi comprada em uma loja de colchões. Segundo Flávio Boeira, proprietário do estabelecimento que vendeu o material para funcionários da casa noturna, a espuma é vendida livremente por R$ 100 o metro quadrado. “Me […]

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A espuma usada no isolamento acústico da Boate Kiss, em Santa Maria, onde mais de 230 pessoas morreram em um incêndio, foi comprada em uma loja de colchões. Segundo Flávio Boeira, proprietário do estabelecimento que vendeu o material para funcionários da casa noturna, a espuma é vendida livremente por R$ 100 o metro quadrado. “Me ligavam, encomendavam as lâminas, eu encomendava para a fábrica e eles vinham retirar aqui. Isso foi feito em 2011, eu tenho as datas, e em 2012. Foram três lâminas em cada vez”, afirmou Boeira. As informações são do Jornal Hoje.

O comerciante já prestou depoimento à polícia e encaminhará as notas fiscais do fabricante que forneceu o produto. Segundo Flávio, a espuma é vendida para vários estabelecimentos, de igrejas a consultórios dentários. “Nunca se soube que era proibido o uso. Tudo que eu tenho na loja é feito desse material. Acredito que daqui pra frente isso será um divisor de águas. Acredito que alguém em sã consciência não irá utilizar como isolamento acústico”, conta o comerciante. Em entrevista veiculada no Fantástico e divulgada por seu advogado, Jader Marques, Kiko afirmou que a espuma foi colocada por indicação do engenheiro Miguel Angelo Pedroso. “As opções eram gesso ou espuma. A espuma eu achava horrível, muito feio. Eu optei pelo gesso. Porém, continuou o barulho. Eu voltei a chamar o Pedroso, pra gente trocar uma ideia, ver o que fazer. A gente botou espuma e madeira por cima, concreto, e aí, por fim, espuma. Eles queriam que eu botasse espuma em toda a boate. Mas eu botei só no palco”, disse. O engenheiro se defendeu: “Eu tenho uma quantidade grande de projetos acústicos e de laudos acústicos, e jamais, em nenhum deles, eu aconselhei a utilizar espuma de borracha”, afirmou.

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