Primeiro shopping da Capital quer ‘renascer’ e se prepara para receber sede do Incra

Em 1989, Campo Grande inaugurava o seu primeiro Shopping, que reinou sozinho por três meses. A estrutura, com três andares e um subsolo, abrigava 120 lojas e tinha o primeiro elevador panorâmico da capital sul-matogrossense. Eventos promocionais, uma praça da alimentação disputada e um lustre de cristal no teto trazido do Marrocos eram alguns dos […]

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Em 1989, Campo Grande inaugurava o seu primeiro Shopping, que reinou sozinho por três meses. A estrutura, com três andares e um subsolo, abrigava 120 lojas e tinha o primeiro elevador panorâmico da capital sul-matogrossense. Eventos promocionais, uma praça da alimentação disputada e um lustre de cristal no teto trazido do Marrocos eram alguns dos elementos que deram charme ao Marrakech nos tempos áureos. Agora, para tentar reviver os bons momentos, em dezembro o lugar ganhará nova vida com a transferência do escritório do Incra para o prédio.

“Pelo menos durante oito anos o Marrakech manteve o seu movimento, com todas as lojas, uma praça da alimentação cheia e atrações. Foi um boom quando inauguramos, pois foi o primeiro de Campo Grande e ficou com esse status até a inauguração do Shopping Campo Grande. A nossa proposta por ser um ‘Speciality Center’, que não tem uma loja âncora na planta tinha todo um charme, já que para ir na praça da alimentação se passava por todos andares”, conta a assessora do proprietário do Centro Comercial, Isabel Cristina Vargas.

Há quatro meses o Marrakech passa por reformas em sua estrutura que irá alterar o projeto do layout original, além de trocas nas instalações elétricas e hidráulicas. Após uma concorrência pública o prédio foi o escolhido para receber as dependências da unidade regional do Incra-MS ( Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

“Tivemos a constatação que o prédio da Avenida Afonso Pena não tinha mais uma estrutura para abrigar o órgão. Diante disso o Incra realizou uma concorrência pública onde se fez uma análise de localização, espaço e capacidade de atendimento. O escolhido foi o Marrakech que passa por uma reforma desde junho. Iremos inaugurar a nova sede no início de dezembro neste ano”, diz o engenheiro da seccional do órgão em Mato Grosso do Sul, Antônio Alto.

Com o novo inquilino metade das 60 vagas no estacionamento do subsolo serão destinadas ao Incra. De acordo com a assessora da administração o Marrakech voltará a ter uma agência bancária em 2014, e também uma lotérica. Sobrarão do tempo de Shopping ainda 20 estabelecimentos comerciais e de serviços, que irão dividir o espaço com uma franquia de cursinho preparatório para concursos.

A história

O Shopping Marrakech surgiu por uma idealização do empresário Abdalla George Sleiman, hoje com 83 anos. Para a arquitetura do prédio contratou-se o arquiteto mais influente de Mato Grosso do Sul na época, Lauro Malaquias. Por ser de origem árabe, o administrador do Centro Comercial batizou o lugar com o nome da capital marroquina, considerada um destino turístico pela beleza.

“É uma cidade muito bonita e faz parte do mundo árabe”, relata Abdalla que escolheu o nome Marrakech também pela cidade representar um local de vanguarda.

Com a diminuição do movimento comercial, a localização privilegiada abriu espaço, no fim dos anos noventa, para a entrada de instituições de ensino no shopping. O primeiro a desbravar essa tendência foi o Colégio Avant Gard, que ocupava o terceiro andar. Anos depois, a faculdade FCG passou a ser a locatária da cobertura. Entre 2010 e 2012 a franquia de cursos preparatórios LFG teve a última oportunidade preencher o território que já foi da animada praça da alimentação.

Vinte e quatro anos depois, a Capital possui três shoppings: Campo Grande, Norte Sul e Bosque dos Ipês (inaugurado em agosto). Cada um deles conta com pelo menos duas mil vagas de estacionamentos, lojas âncora, diversas opções de consumo, cinemas e uma estrutura de entretenimento a altura de uma cidade próximo de atingir um milhão de habitantes.

“A cidade diferente daquela época já tem uma personalidade própria, é maior e oferece mais opções de lazer. Quando inauguramos o Marrakech Campo Grande construía a sua identidade, hoje já consolidada”, reconhece a gaúcha, Isabel, que já considera a Capital como um lugar seu.

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