Presidente diz que Assembleia deve abrir CPI para investigar sistema de Saúde de MS

Diante do caos nos hospitais e nos postos de saúde, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), disse, nesta quarta-feira (8), que a Casa de Leis deve instaurar CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investir o sistema de saúde em Mato Grosso do Sul. Nesta quinta-feira (9), o Legislativo realizará audiência pública e […]

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Diante do caos nos hospitais e nos postos de saúde, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), disse, nesta quarta-feira (8), que a Casa de Leis deve instaurar CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investir o sistema de saúde em Mato Grosso do Sul.

Nesta quinta-feira (9), o Legislativo realizará audiência pública e o plano é sair do encontro com assinaturas necessárias para instaurar a investigação. “Tenho quase que certeza que vai resultar em CPI e vou conduzir os deputados no sentido de apresentar soluções e não fazer caça as bruxas”, disse o presidente.

Segundo ele, a missão da comissão será encontrar medidas para acabar com as filas e com a falta de médicos nos postos de saúde e apontar sugestões para suprir a demanda de leitos nos hospitais. Dessa forma, Jerson afastou entrar no caso das supostas irregularidades detectadas nos Hospitais do Câncer e Universitário.

“Não quero apurar CPI no Hospital do Câncer porque Ministério Público Federal, Estadual e a Polícia Federal já tomaram conhecimento daquilo que a CPI se, lá atrás tivesse sido instalada e detectado tais irregularidades, ofereceria a denúncia. Neste momento, as investigações estão em estágio avançado e a CPI, no meu ponto de vista, seria inócua”, explicou o deputado.

“Agora, uma CPI para apurar todo o sistema seria um fato determinante, porque a população implora por melhorias, hoje, saúde é a principal demanda. A população reclama que chega ao posto de saúde às cinco da manhã e sai sete horas da noite e às vezes não atendido”, acrescentou.

Para resolver o problema, presidente da Assembleia apela por CPI Geral da Saúde. “Nós podemos, concluso o trabalho de investigação e detectado o problema, sugerir as soluções”, disse. Para ele, a resposta estaria em acordo com os órgãos competentes para contratar mais profissionais e concentrar a verba pública em investimentos no setor.

“O problema dos postos de saúde se resolve com mais material humano, construção de novas unidades e de mini-hospitais. Se houver boa vontade das prefeituras em procurar o Governo do Estado, Ministério Público e Tribunal de Contas para autorizar o Poder Público Municipal a contratar, de forma emergencial, mais profissionais e abrir concurso para abrir essas vagas com certeza, em curto e médio prazo, vai se solucionar o problema nos postos”, sugeriu.

No caso dos hospitais, a proposta seria reunir recursos das emendas parlamentares federais e estaduais para investir em mais leitos. “A bancada federal pode usar a verba das emendas parlamentares só para a saúde e deixar de lado a política pessoal de colher louros políticos pontuais com investimentos pequenos em diversas áreas”, completou.

Falta seriedade

O deputado Pedro Kemp (PT), por sua vez, entende que o maior problema na área da saúde é a falta de seriedade na aplicação dos recursos públicos. Para ele, a Operação Sangue Frio, que apontou desvio de verba do SUS (Sistema Único de Saúde), provou a má gestão. “Caiu por terra o argumento de que falta dinheiro, o problema é gestão, é falta de seriedade”, disparou.

“O que está aí é uma quadrilha que mata gente sem piedade, pior que muito bandido”, acrescentou o deputado Amarildo Cruz (PT), fazendo menção a médicos e administradores suspeitos de comandar esquema de desvio de verba em hospitais de Campo Grande. Tanto Kemp quanto Amarildo também defendem CPI para investigar o sistema de saúde de Mato Grosso do Sul.

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