Médicos precisam improvisar até respirador para salvar bebê em Campo Grande

Postos de saúde em Campo Grande não têm lençol, material de limpeza, faltam medicamentos e até papel para prontuário. Diversos equipamentos estão quebrados e as seringas são guardadas em locais improvisados, dentro de caixas de papelão. A denúncia foi feita há pouco, na Câmara Municipal, pelo diretor do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul, Renato Figueiredo.

O pior dos casos envolve a vida de um bebê. Médicos e enfermeiros precisaram usar a criatividade para criar uma caixa de hood (respirador) e garantir a sobrevivência da criança. Uma bolsa de soro foi aberta e transformada em uma caixinha para o bebê poder respirar.

Segundo o diretor, a criança deveria ter sido transportada para um Centro de Terapia Intensiva (CTI), mas não havia ambulância para fazer o transporte.

O vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) avaliou que os problemas na Saúde começam no governo federal, na destinação das verbas, mas que a “Câmara tem que continuar investigando e dar um basta aos descasos do prefeito Alcides Bernal”.

Para a vereadora Carla Stephanini (PMDB), a situação retratada pelo sindicato mostra a “falta de capacidade da administração municipal de gerir os recursos públicos”.

Juliana Zorzo (PSC) também ficou indignada com a situação. “Não queremos mais desculpa, queremos ação do Poder Executivo. Chega de confusão e palhaçada com a população”, criticou.

Líder do prefeito na Câmara, Alex do PT afirmou que muitos problemas foram herdados da administração passada.

Durante a eleição, o prefeito Alcides Bernal disse que a saúde seria a sua maior prioridade.