Maioria das associações de moradores em Campo Grande enfrenta abandono e invasão
Em muitos bairros, praças e prédios das associações comunitárias viraram ponto de encontro para viciados, enquanto moradores de bairro distante do centro conseguem manter cursos e opções de lazer sem ajuda pública.
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Em muitos bairros, praças e prédios das associações comunitárias viraram ponto de encontro para viciados, enquanto moradores de bairro distante do centro conseguem manter cursos e opções de lazer sem ajuda pública.
Moradores de diversos bairros em Campo Grande reclamam que os espaços de uso público, como praças e até as sedes das associações comunitárias, estão abandonados e se tornam espaços urbanos deteriorados. As áreas poderiam ser aproveitadas para cursos profissionalizantes, aulas de esporte e arte, ou como polo de atividades que ocupem o tempo dos jovens.
A associação de moradores do bairro Lar do Trabalhador é um exemplo. Sem nenhum curso disponível, o prédio está abandonado e nos arredores o local é ponto de encontro para usuários de drogas.
“Antes tinha informática, curso de arte, reunião dos idosos, estamos sem verba, a praça está abandonada, o parquinho com brinquedo quebrado, formigueiros na areia, já fizemos pedido mas o prefeito nem atende mais, não temos apoio nenhum da Fundação Municipal de Esporte (Funesp)”, diz o presidente Emerson Teixeira Barbosa.
Já no bairro Manoel Taveira, o presidente do bairro, Luiz Felipe Barbosa, conta que a associação está invadida desde que assumiu em 2011. Luiz Felipe conta que já procurou a Unidade de Planejamento Urbano (Planurb) e Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e até o momento a situação continua da mesma forma.
“Já cheguei a dar curso e fazer festa do dia das crianças aqui na minha casa”, diz Luiz. Situação parecida ocorre no bairro Indubrasil, como conta a presidente do bairro Roselândia Cardoso de Barros. “Está invadido lá, eles vieram de Sidrolândia, fiscais já foram lá e nada”, diz.
No bairro Coophatrabalho, a associação estava fechada e a situação da praça é de muita sujeira, brinquedos enferrujados e, inclusive, se alguma criança utilizar o escorregador, estará sujeita a sofrer um grave corte. A reportagem ligou para o presidente, mas não conseguiu contato.
Mesmo com a situação adversa, de forma voluntária, o publicitário Murilo Gadelha dá aulas de capoeira para moradores no centro comunitário. “Inclusive iremos fazer um mutirão para a limpeza da praça”, conta.
Mas o abandono não é palavra de ordem em todas. Ao contrário, a Amape (Associação de Moradores do Residencial Maria Aparecida Pedrossian), serve de exemplo para que a idéia seja implementada em outros bairros. Atendendo mais de mil de duzentas pessoas por semana, a Amape oferece aulas de judô, muay thai, luta olímpica e ginástica. De crianças a idosos participam dos programas.
No local, também é oferecido, de forma gratuita, balé, violão popular, aulas de canto, pintura em tela, dança de salão, street dance e artesanato. A associação disponibilizava escolinha de futebol para 120 crianças, porém de acordo com o presidente da Associação, Jânio Batista de Macedo, a Funesp que dá apoio somente no judô, não deu continuidade nas aulas de futebol. “Fiquei muito magoado, o campo está abandonado, teve mãe que inclusive chorou”, diz.
A associação se mantém com voluntários, e com apoio do Ministério da Cultura em alguns programas. Já as despesas do prédio, como água, luz, telefone e funcionários, são pagos com o aluguel de pontos comerciais, que pertencem à associação.
A Prefeitura informa que o trabalho comunitário deve ser gratuito e que não tem interferência do poder público. Sobre as praças, o Secretário Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação na Prefeitura Municipal de Campo Grande (Seinthra), Semy Ferraz disse que ‘existe um cronograma para a manutenção’.
Notícias mais lidas agora
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
- Chuva chega forte e alaga ruas da região norte de Campo Grande
- Há 13 anos, casa no bairro Santo Antônio é decorada por Elizabeth com enfeites únicos de Natal
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
Últimas Notícias
Último dia para renegociar dívidas pela campanha Nome Limpo em Campo Grande
A concessionária de energia renegocia dívidas com descontos de até 80% e parcelamento em 36 vezes
Homem morre e 2 ficam feridos em colisão entre Doblò e caminhonete na BR-463 me Dourados
Acidente aconteceu próximo ao clube do laço
Aids: Brasil tem alta de casos, mas menor mortalidade desde 2013
Taxa de mortalidade é a menor dos últimos 10 anos
Bolsa Família: beneficiários com NIS final 4 recebem parcela de dezembro nesta sexta-feira
Em Mato Grosso do Sul, cerca de 204 mil famílias recebem o Bolsa Família
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.