Falta d’água no Rio de Janeiro cancela aulas em 62 escolas da rede municipal

A falta d’água na região metropolitana e na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro afetou 95 unidades escolares nesta terça-feira (26), das quais 62 ficaram fechadas e 33 tiveram funcionamento parcial, segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio. De acordo com a prefeitura, a situação dos colégios será avaliada de forma individual, e não […]

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A falta d’água na região metropolitana e na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro afetou 95 unidades escolares nesta terça-feira (26), das quais 62 ficaram fechadas e 33 tiveram funcionamento parcial, segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

De acordo com a prefeitura, a situação dos colégios será avaliada de forma individual, e não há garantia de que as aulas retornem nesta quarta-feira (27). Além das escolas nas quais o abastecimento de água ainda não foi restabelecido, algumas unidades foram prejudicadas em função da impossibilidade da obtenção de carro-pipa.

Já na área da saúde, as secretarias municipal e estadual informaram que não houve qualquer tipo de transtorno em razão da falta d’água. Na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), que teve o expediente interrompido na segunda-feira (26), o funcionamento é normal.

Os problemas no abastecimento de água começaram há cinco dias, quando houve quatro quedas de energia na região da estação Guandu, responsável pelo abastecimento de toda a capital do Rio de Janeiro e de 85% da Baixada Fluminense, totalizando 9 milhões de pessoas.

Segundo a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), somente na noite de quarta-feira (27) a distribuição de água deverá ser normalizada na região.

Transtornos

A Cedae evita falar em número de usuários afetados e afirma que, nesta terça (26), 90% do abastecimento já foi retomado. No entanto, as regiões mais altas podem ser as últimas a voltarem a ter água nas torneiras. Na versão da empresa, dois dos bairros nos quais houve maior número de reclamações são Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, e Santa Teresa, no centro.

Por conta de quatro pequenos apagões do último fim de semana, a Cedae teve de parar a produção entre aproximadamente 22h50 de domingo e voltar somente por volta das 10h de segunda, o que gerou a falta d’água. A Light se reuniu com a Cedae e apresentou o planejamento de duas obras para evitar os apagões, segundo a assessoria.

O problema começou às 22h55 de sexta (22), quando o fornecimento de energia foi interrompido pela primeira vez. Depois, houve novas quedas de energia, à 1h e às 23h01 de sábado (23), e às 22h50 de domingo (24).

Calor x economia

Com o calor, a situação fica mais complicada. A previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) é de que os termômetros marquem 37ºC nesta terça. Ontem, a temperatura chegou perto dos 40 °C.

Segundo a Cedae, por causa de caixas d’água e cisternas, nem toda a população viu as torneiras secarem. Porém, até que o serviço seja normalizado, a empresa pede que a população economize água.

Light

O presidente da Cedae, Wagner Victer, informou que a direção da companhia voltará a levar o assunto das interrupções no fornecimento de energia à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para que tome as ações cabíveis. A empresa já procurou a agência reguladora em dezembro para queixar-se dos serviços da Light. No entanto, até este mês, não obteve resposta sobre a situação.

Por meio de nota, a Light informou que as interrupções de energia no fim de semana ocorreram por causa de uma obra no Parque Madureira, zona norte do Rio, com conhecimento da Cedae, que manobrou o recebimento da energia para uma segunda linha de transmissão. No entanto, foi exatamente essa segunda linha que sofreu as quedas de energia.

A empresa diz na nota que “está totalmente voltada para a identificação e razões que motivaram as referidas oscilações de tensão, sabendo o quanto o sistema Guandu é sensível a essas variações”.

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