Empresária de Campo Grande cai em golpe de falso servidor da prefeitura

Homem se apresentou como chefe da Agetran e pediu a ela R$ 120 para contribuir com campanha de prevenção a acidentes. O dinheiro seria investido em camisetas e faixas colocadas na cidade.

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Homem se apresentou como chefe da Agetran e pediu a ela R$ 120 para contribuir com campanha de prevenção a acidentes. O dinheiro seria investido em camisetas e faixas colocadas na cidade.

Acreditando ser uma boa propaganda para a sua loja, uma empresária aceitou a proposta de um suposto servidor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), identificado como João Carlos Rodrigues, que disse estar organizando uma campanha junto à prefeitura, para promover a prevenção de acidentes no período do Carnaval.

O movimento deveria contar com o apoio dos comerciantes da Capital, entregando contribuições em dinheiro para a confecção de camisetas e faixas de seis metros, a serem colocadas em pontos estratégicos da cidade.

“No primeiro contato, no dia 30 de janeiro, ele me disse que a prefeitura havia repassado a Agetran diversos telefones de comerciantes, sendo que o meu foi selecionado na área de decoração. O golpista então falou que, das inúmeras camisetas confeccionadas iria disponibilizar cinco para mim, com a logo da minha empresa”, afirma ao Midiamax a empresária de 39 anos.

Empresária contribuiu com R$ 120 pela suposta campanha

Pelo trabalho das camisetas, além da logo da sua loja em duas faixas de seis metros, eles pediram R$120. “O rapaz então perguntou quantas camisetas eu precisaria e disse ainda que uma das faixas seria instalada no cruzamento da avenida Mato Grosso com a rua Bahia. Ele foi aos poucos trabalhando a idéia na minha cabeça”, lamenta a empresária.

No dia 1° de fevereiro, por volta das 15h, o suposto funcionário foi ao local para o recebimento. A vítima então entregou o cheque de R$ 120, para ser depositado a qualquer momento. “Pouco antes ele chegou a dizer que se eu aceitasse a proposta não colocaria mais nenhum nome de empresa de decoração. Então combinou o horário para buscar o dinheiro e até aquele momento eu não desconfiei de nada”, relembra a vítima.

O rapaz foi à loja entregou um papel que seria da ‘Associação dos Ciclistas Corredores de Campo Grande’. Eles participariam da 1ª Passeata pela Paz no Trânsito e estariam vestindo as camisetas confeccionadas. O encontro seria na Praça Ary Coelho, às 9h do dia 10/02/2013, sendo que a vítima foi convidada a acompanhar.

“O papel estava com a assinatura do João Carlos Rodrigues e tinha a logo da prefeitura. E a pessoa que foi ao local se identificou como Antônio M. Rodrigues. Ele assinou um recibo e ainda colocou um número de identidade”, comenta a vítima.

Vítima só entendeu que se tratava de um golpe quando ligou para Agetran e prefeitura

No dia 4 de janeiro, a empresária decidiu entrar em contato com a Agetran, principalmente porque não viu a faixa próxima a sua loja. “Eles disseram que iriam se informar sobre o assunto e retornar a ligação. O caso foi repassado à prefeitura, que me informou que faz campanhas, mas não cobra valores dos comerciantes”, diz a empresária.

Ciente de que se tratava de um golpe, ela compareceu a 2ª Delegacia de Polícia. “Por sorte, do dia 30/01 ao dia 04/02, eles não depositaram e, com o boletim de ocorrência, fui ao banco sustar o cheque. O golpista foi fazer o depósito só na última quinta-feira (14), mas voltou. Com dois anos e meio de loja, essa é a primeira vez que me acontece algo do tipo. Uma lição que jamais vou esquecer”, avalia a empresária.

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