De olho no apoio do DEM em 2014, governo abre espaço para aliado de Mandetta
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O governador André Puccinelli (PMDB) está seguindo conselho de aliados e distribuindo cargos comissionados do Governo. Depois de exonerar 143 comissionados, justificando que precisava balançar os servidores, Puccinelli já recontratou vários outros e tratou de fazer arranjos políticos.
Aliados como o PDT cobraram participação no Governo em troca de apoio ao PMDB em 2014, lembrando que o governador corria risco de perder aliados. Em entrevista ao Midiamax, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) deu sinais de independência, dizendo que o apoio do partido ao PMDB não estava garantido e nem a candidatura de Nelsinho Trad (PMDB) assegurava uma aliança.
O recado foi bem entendido por Puccinelli, que rapidamente indicou alguém ligado ao deputado para compor o governo. O coordenador da campanha de Mandetta na disputa pela vaga na Câmara Federal, Hélio Mandetta Sobrinho, foi nomeado para cargo em comissão de Direção Superior e Assessoramento, DGA-1, com salário que pode passar de R$ 7 mil.
O posto de DGA-1 é dado por Puccinelli aos aliados mais importantes durante a eleição. Entre os ocupantes de cargos nesta função na governadoria estão ex-prefeitos e candidatos derrotados nas eleições em 2012. Eles são abrigados na Governadoria com função política e, segundo Puccinelli, não precisam “ficar com o bumbum” na cadeira para trabalhar.
Com a indicação, Puccinelli fica mais próximo de Mandetta, mas precisa convencer outros líderes do partido. O deputado Zé Teixeira (DEM), por exemplo, já chegou a ameaçar sair do partido se ficar refém de hierarquia e não puder escolher o que considerar o melhor para Mato Grosso do Sul em 2014.
O deputado justificou que não quer ser mandado e ter que ficar obedecendo ordens. Na ocasião, Zé Teixeira lembrou que em 2012 defendia uma aliança do DEM com o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) na disputa pela Prefeitura de Campo Grande e o resultado mostrou que ele tinha razão. “Eu estava certo. Uma aliança do DEM com o PSDB tinha feito o prefeito. Ficou estranha a aliança com o PMDB”, avaliou.
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