Com enxada nas mãos para limpar área, famílias invadem terreno no São Conrado
Dezenas de pessoas invadiram um terreno na rua Praia Grande, Jardim São Conrado, no início da tarde desta quarta-feira (6). Com enxadas, eles já começaram a trabalhar na área, alegando que a propriedade está abandonada e serve apenas como criadouro do mosquito da dengue. Segundo Ironilton Martins do Carmo, 54 anos, que representa os novos ocupantes […]
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Dezenas de pessoas invadiram um terreno na rua Praia Grande, Jardim São Conrado, no início da tarde desta quarta-feira (6). Com enxadas, eles já começaram a trabalhar na área, alegando que a propriedade está abandonada e serve apenas como criadouro do mosquito da dengue.
Segundo Ironilton Martins do Carmo, 54 anos, que representa os novos ocupantes do local, o terreno estava “completamente abandonado”. “Tinha muito pneu, mato alto, e todo mundo jogava lixo aqui. Então, se eles podem ficar aqui nós também vamos ficar”, comentou.
Ironilton, que é comerciante e vive há oito anos no bairro, foi dar apoio ao genro e às outras famílias invasoras. “O terreno estava abandonado, é um favor para a prefeitura que estamos fazendo cuidando daqui. Aqui tem um pessoal de comodato, se for pra sairmos, vai ter que sair todo mundo”, afirmou.
Por outro lado, o servente de pedreiro David Lisboa, 23, afirma que o terreno em questão pertence ao pai, e foi cedido pela prefeitura, em forma de comodato. “Eles deram pro meu pai, que trabalhava faz anos com horta, mas ele adoeceu, e pediu pra eu cuidar”, explicou.
Deivid chamou o apoio da Polícia Militar, porém, como não tinha a documentação comprobatória do comodato, os policiais nada fizeram.
O cabo Fernandes, do 1° BPM (Batalhão da Polícia Militar), orientou David a buscar apoio da prefeitura, e verificar a situação do comodato. Segundo ele, sem ordem judicial, a PM nada pode fazer no caso da invasão.
Moradora do terreno ao lado, Eva Viana Rocha, 50 anos, informou que o terreno é realmente de comodato, tanto o dela, quanto o de David. “Moro aqui desde 1992 e todo esse terreno era meu. Só que o pai da David trabalhava no local e resolvi ceder parte da área para eles trabalharem. Tenho a documentação e agora vou seguir a orientação policial e possivelmente entrar na Justiça contra esses invasores”, fala Rocha.
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