Casal tem energia cortada com conta em dia e idosa chora por perder estoque da geladeira

O funcionário público Francisco Wilken, de 65 anos, e sua esposa Valdenisa Maria, vendedora, viajaram para o interior na última quinta-feira (28) e tiveram uma surpresa quando chegaram em casa no domingo (1). Eles estavam com a energia elétrica cortada e não conseguiam sequer abrir o portão eletrônico. O idoso teve que ir à vizinha, […]

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O funcionário público Francisco Wilken, de 65 anos, e sua esposa Valdenisa Maria, vendedora, viajaram para o interior na última quinta-feira (28) e tiveram uma surpresa quando chegaram em casa no domingo (1). Eles estavam com a energia elétrica cortada e não conseguiam sequer abrir o portão eletrônico.

O idoso teve que ir à vizinha, pegar uma escada, cortar parte da cerca elétrica e pular o muro da própria casa para entrar. Francisco pegou a chave e abriu o portão. Mas tinha mais: carnes, peixes, e diversas comidas congeladas que estavam no freezer e na geladeira estavam podres, com cheiro insuportável.

“Foi uma tristeza, chorei muito. Chegamos cansados e tivemos que limpar a geladeira inteira”, reclama Valdenisa, que se diz abalada emocionalmente com a situação.

Indignados com o corte, uma vez que as contas estavam em dia, o casal ligou para a Enersul, que segundo Valdenisa, alegou que o corte foi feito por impedimento de visualização do leitor de energia, que fica dentro da casa, localizada na rua Jussara, no Guanandi. “Há anos eles mesmos fizeram um buraco no portão para poder ver o leitor, sempre foi assim”, diz.

Outra alegação da empresa, de acordo com Windson Barbosa, 34, filho do casal, foi de que há uma normativa de que os medidores de energia têm de ficar na rua e não dentro de casa. “De repente este mês inventam esta normativa? Cadê o aviso? E o prazo?”, indaga o filho.

Dor de cabeça

Após limpar a geladeira e jogar fora muita comida, Valdenisa pediu ajuda à vizinha para ter onde conservar alimentos e água. Com a promessa da Enersul de que 7h de segunda-feira a energia estaria de volta, o casal dormir em casa. “Tivemos que dormir de janela aberta para entrar ar, para ir ao banheiro tinha que levar vela, o carro teve que ficar na rua”, elenca.

O casal não pretende processar a Enersul, mas Valdenisa declarou ter ficado bem irritada e nervosa com a situação. “Chegamos cansados de viagem, meu marido com 65 anos teve que pular o muro, eu estou com problemas de saúde e temos que passar por isto, é um absurdo”, ressalta. “Tenho 60 anos e nunca fiquei sem energia. Até uma vez que meu marido esqueceu-se de pagar a conta não desligaram a energia”, revela.

De volta

Somente por volta das 13h desta segunda-feira (2), foi feito o religamento da energia. De acordo com o gerente de comunicação da Enersul, Henrique Xavier, o corte foi feito por impedimento de leitura. “O prazo máximo é de dois meses, depois disto, o corte tem que ser feito”, explica.

Henrique citou a resolução 414, que é norma da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que o padrão, o medidor de leitura, esteja ou no muro da casa ou tenha visibilidade para que o funcionário não precise entrar na casa do cliente para fazer a leitura. “Até por uma questão de segurança”, diz.

Entretanto, o cliente ainda aguarda por explicações. Segundo Windson, não ficou resolvida a situação. “Apenas religaram a energia e não falaram nada”, finaliza.

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