Ao defender mudanças em projetos, presidente da Câmara reconhece ‘emendas populistas’
O presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), se enrolou ao defender emendas no projeto de reajuste dos servidores públicos, e acabou reconhecendo o populismo de alterações em pautas. “Anos anteriores não havia emendas”, começou o parlamentar. “Ou melhor, tinham emendas populistas que eram derrubadas na Casa”, completou. Como 2013 é o primeiro ano do […]
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O presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), se enrolou ao defender emendas no projeto de reajuste dos servidores públicos, e acabou reconhecendo o populismo de alterações em pautas.
“Anos anteriores não havia emendas”, começou o parlamentar. “Ou melhor, tinham emendas populistas que eram derrubadas na Casa”, completou.
Como 2013 é o primeiro ano do mandato de Alcides Bernal (PP), Mario Cesar se referia à gestão de Nelsinho Trad (PMDB), época em que o parlamentar era vice-líder do prefeito e os projetos de reajustes não recebiam emendas, sendo aprovados conforme o peemedebista enviada. Quase todos os anos, o reajuste ficava na casa dos 5%.
Questionado sobre as emendas aparecerem logo nos projetos do progressista, que tirou o PMDB do poder em Campo Grande após 20 anos, o presidente da Câmara foi claro: “agora (as emendas) servem para a população”.
As emendas de vereadores da oposição causaram polêmica na Câmara Municipal deste terça-feira (21), quando o projeto de reajuste dos servidores municipais foi votado. Entre as alterações feitas no projeto original enviado à Câmara por Bernal, está o índice de aumento para profissionais de nível superior. Antes, eles receberiam 7,5% de reajuste, com exceção dos médicos, que teriam, sozinhos, 15%.
Entretanto, a oposição ao prefeito conseguiu adicionar emenda que unificou o reajuste do nível superior em 15%, para todas as classes.
Caixa
O reajuste dos servidores municipais de Campo Grande, conforme o texto aprovado na Câmara, pode ser vetado pelo prefeito.
O vereador Alex (PT), líder de Bernal na Câmara, disse na sessão de hoje que, do ponto de vista jurídico, estas emendas podem ser consideradas ilegais. “Os vereadores têm prerrogativa de rejeitar o projeto, mas não podem incluir emendas que aumentem os gastos do município”, justificou.
O petista também mostrou preocupação sobre a possibilidade da prefeitura ter caixa para pagar o aumento, mas foi rebatido pelo vereador Paulo Pedra (PDT). “Pelo que sei a prefeitura está longe da porcentagem de comprometimento, hoje está entre 38% e 40%, e o máximo permitido é de 67%”, afirmou.
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