Violência na Síria mata 23 apesar de trégua da ONU

A violência irrompeu em duas províncias da Síria nesta terça-feira (1º), e um grupo de direitos humanos relatou que 10 civis morreram em um ataque de morteiros do exército e 12 soldados foram mortos em uma troca de tiros com atiradores rebeldes, no momento em que monitores da ONU tentam preservar um frágil cessar fogo. […]

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A violência irrompeu em duas províncias da Síria nesta terça-feira (1º), e um grupo de direitos humanos relatou que 10 civis morreram em um ataque de morteiros do exército e 12 soldados foram mortos em uma troca de tiros com atiradores rebeldes, no momento em que monitores da ONU tentam preservar um frágil cessar fogo.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado na Inglaterra e que acompanha o levante de 13 meses contra o presidente Bashar al-Assad, disse que nove membros de uma família morreram em explosões de morteiros em um vilarejo na província de Idlib, no norte sírio.

Tareq Abdelhaq, um ativista na fronteira turca, disse que 35 pessoas foram feridas e que algumas foram levadas por 25 km por rotas nas montanhas para receber socorro médico em campos de refugiados espalhados pela divisa.

“Alguns estão sendo retirados pela fronteira para a Turquia. Tiveram que carregar os feridos e passar pelas montanhas para evitar postos de verificação na estrada”, disse Abdelhaq. “”Um sujeito morreu no caminho. Tinha 19 anos e ferimentos muitos graves”.

Na província de Deir al-Zor, no sul, tropas revidaram com morteiros e tiros de metralhadora depois de perderem uma dúzia de soldados para os insurgentes, matando pelo menos um morador do vilarejo e destruindo uma escola, acrescentou o Observatório anti-Assad.

As Nações Unidas dizem que as forças sírias mataram mais de 9 mil pessoas desde que a revolta começou em março de 2011.

Como outras rebeliões árabes contra ditadores, ela se iniciou com manifestações pacíficas em massa, mas uma reação violenta do governo desencadeou uma insurgência cada dia mais sangrenta. Damasco afirma que rebeldes já mataram mais de 2.600 soldados e policiais.

Um cessar fogo intermediado pela ONU em meados de abril levou a uma breve trégua, mas não foi capaz de deter o conflito. Os rebeldes, carentes de financiamento e munições, parecem estar intensificando uma campanha de bombardeios.

Explosões destruíram as fachadas de edifícios em Idlib na segunda-feira, matando nove pessoas e ferindo 100, incluindo funcionários de segurança, de acordo com a TV estatal, que culpou as detonações a homens-bomba “terroristas”.

Damasco acusou as Nações Unidas de dar as costas a violações dos rebeldes no cessar fogo, embora o Secretário-Geral, Ban Ki-Moon, tenha criticado as explosões em Idlib e um ataque de foguete ao banco central como ataques terroristas.

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