“Na divisão tributária, União fica com o bolo e os municípios com o farelo”, diz Fábio Trad

O deputado federal Fabio Trad (PMDB) reagiu nesta segunda-feira (4) às notícias de estagnação econômica que tem permeado o noticiário especializado nas últimas semanas. Para o parlamentar sul-mato-grossense, as medidas propostas para o país resgatar índices de crescimento econômico só se completam com um novo olhar sobre a tributação brasileira. “Os tributos incidem sobre o […]

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O deputado federal Fabio Trad (PMDB) reagiu nesta segunda-feira (4) às notícias de estagnação econômica que tem permeado o noticiário especializado nas últimas semanas. Para o parlamentar sul-mato-grossense, as medidas propostas para o país resgatar índices de crescimento econômico só se completam com um novo olhar sobre a tributação brasileira.

“Os tributos incidem sobre o consumo e isto é pernicioso, pois penaliza com mais rigor os pobres. A tributação deve incidir sobre o patrimônio e as grandes fortunas devem entrar nesta cota. Além disso, o bolo tributário é mal dividido, pois a União fica com o bolo e os municípios com o farelo”, afirmou Fabio Trad.

Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) no dia 1º de junho reafirmam a forte desaceleração da economia brasileira. Segundo o órgão, o PIB dos três primeiros meses do ano cresceu apenas 0,2% frente ao trimestre anterior. Em relação a 2011, o incremento foi de apenas 0,8%.

Esse resultado, o pior desde 2009, reafirma tendência de estagnação frente à desaceleração iniciada na metade de 2011. O forte crescimento econômico que alguns compararam ao “milagre econômico” (1967-1973) ficou para trás. O piso no freio da atividade econômica torna ainda mais distante a meta do governo de fechar 2012 com crescimento de pelo menos 3%. Os prognósticos mais otimistas do mercado dão conta de um PIB próximo ao que foi o do ano passado, de 2,7%.

Um dos sinais mais preocupantes entre os dados divulgados pelo IBGE é a redução da taxa de investimentos (a chamada ‘formação bruta de capital fixo’, ou seja, produção de máquinas, equipamentos, etc) que retrocedeu 2,1% em relação a 2011 e atingiu níveis similares a 2011.

Nesse último trimestre a indústria, que vinha tendo resultados negativos, contou com uma relativa recuperação, impulsionada pela série de subsídios e isenções oferecidas pelo governo, crescendo 1,7%. Em comparação com o mesmo período de 2011, porém, a indústria se mantém estagnada, crescendo apenas 0,1%.

O setor agropecuário, um dos mais dinâmicos dos últimos anos, por sua vez, despencou 7,3% nesse trimestre e 8,5% em relação ao primeiro trimestre de 2011, no que está sendo justificado como um ‘problema climático’ pelos produtores e autoridades.

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