FIFA anuncia ações ambientais para a Copa do Mundo do Brasil

A FIFA, o Comitê Organizador Local (COL) e o Ministério dos Esportes aproveitaram a realização da Rio+20 para apresentar a Estratégia de Sustentabilidade para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. No evento, realizado no HSBC Arena nesta terça-feira, foram anunciadas as ações já em andamento e outras que serão implementadas durante a competição. […]

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A FIFA, o Comitê Organizador Local (COL) e o Ministério dos Esportes aproveitaram a realização da Rio+20 para apresentar a Estratégia de Sustentabilidade para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. No evento, realizado no HSBC Arena nesta terça-feira, foram anunciadas as ações já em andamento e outras que serão implementadas durante a competição. Dentre as ações anunciadas estão controle do manuseio e destino do lixo, reciclagem, instalação de sistemas de energia solar que ficarão como legado da Copa, compensação da emissão de dióxido de carbono e estímulo ao consumo sustentável.

A Estratégia de Sustentabilidade tem como base sete áreas centrais definidas pela ISO 26000, a norma de responsabilidade social da Organização Internacional de Normatização. Esse conceito descreve como a FIFA e o COL irão abordar os desafios e as oportunidades de sustentabilidade durante a Copa do Mundo. O intuito é reduzir os impactos negativos e aumentar os positivos para beneficiar a sociedade e o meio ambiente.

A organização da Copa do Mundo do Brasil terá como base temas como estádios verdes, apoio à comunidade, mudanças climáticas e desenvolvimento das capacidades. A FIFA dedicará investimento de aproximadamente US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 40 milhões) para a implementação da Estratégia. Os recursos também virão de parceiros comerciais da entidade.

A Copa do Mundo do Brasil será a primeira edição do torneio a contar com uma ampla estratégia de sustentabilidade. “O objetivo principal é realizar um evento que utilize os recursos com inteligência, gerando um equilíbrio entre aspectos econômicos, desenvolvimento social e proteção do meio ambiente”, explicou o diretor de responsabilidade social corporativa da FIFA, Federico Addiechi. Ele salientou ainda que a entidade quer que a Copa do Mundo do Brasil seja lembrada não só como um fantástico torneio de futebol, mas também pelo legado ambiental e social duradouro.

Um dos pontos mais comemorados foi a exigência de certificação ambiental para que o BNDES libere recursos para a construção do estádios. A FIFA adotará as mesmas medidas nas próximas Copas, a serem realizadas na Rússia e no Catar. “O acesso à linha de crédito de financiamento do BNDES é condicionada a um padrão de certificação de construção sustentável. Para o Brasil, a Copa é uma oportunidade para dar visibilidade a esses avanços e apresentar ao mundo sua diversidade, não só natural, mas social, cultural, racial, religiosa e gastronômica”, apontou Luis Fernandes, secretário-executivo do Ministério do Esporte.

O ex-jogador Bebeto, membro do Conselho de Administração do COL, citou que ficou empolgado com ações de sustentabilidade adotadas no estádios e nas cidades sedes. Ele destacou duas iniciativas que julga importantes: o aproveitamento da água da chuva no estádios e a seleção de 18 mil voluntários. “Podemos perceber a preocupação ambiental conciliada com a questão social. Esses voluntários serão jovens que aprenderão muito e terão um grande crescimento na busca de seus projetos”, citou.

Sobre futebol, Bebeto enalteceu o talento de jogadores brasileiros e do técnico Mano Menezes. “Não tenho dúvidas de que o Brasil tem grandes chances de garantir o hexacampeonato, mas temos que lembrar que a Copa do Mundo é uma competição muito difícil. São só sete jogos e os melhores do mundo buscam o mesmo”, lembrou.

O argentino Addiechi brincou ao dizer que não faria comentários sobre a seleção argentina para não gerar discórdia. “Defendi a camisa argentina, mas agora minha função me faz torcer pelo sucesso do Brasil”, disse ele se referindo à organização da Copa do Mundo.

 

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