Ex-investigadora é flagrada em suposta compra de votos, veja vídeo

A mulher coleta dos eleitores informações como nome, telefone e endereço e deixa claro que o pagamento será efetuado pela coordenação de campanha

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A mulher coleta dos eleitores informações como nome, telefone e endereço e deixa claro que o pagamento será efetuado pela coordenação de campanha

Um vídeo com duração de oito minutos, intitulado “Funcionária de Giroto compra voto fiado”, foi postado no site Youtube neste sábado (27), véspera do segundo turno da eleição em Campo Grande.

Na gravação, que já conta com centenas de acessos, Elba Fonseca Vieira, se identifica como investigadora de polícia aposentada. Ela aparece nitidamente articulando uma suposta compra de votos junto a um grupo de eleitores de Campo Grande. Na conversa, Elba fala com desenvoltura sobre seu trabalho, no sentido de dar garantias de pagamento aos eleitores cooptados.

Depois de se apresentar a serviço da “coordenação da campanha”, a mulher pede pressa aos eleitores e informações como nome, endereço e telefone.

Uma das mulheres do grupo chega a questionar se o título de eleitor seria necessário, mas a ex-investigadora informa que não e acrescenta: “Um só preenche a ficha de todos vocês (…) é só nome endereço e telefone (…). Isso aqui quem tá sabendo é o coordenador da campanha”, disse.

A mulher que faz o suposto aliciamento afirmou também que é a primeira vez que trabalha para o candidato, mas tem longa experiência em campanhas políticas.

“Só trabalho pra homem que ganha. Trabalhei pro Marun (deputado estadual licenciado pelo PMDB), depois o Marun me apresentou pro Mário César (vereador pelo PMDB)”, vangloriou-se. “Sou ex-investigadora da polícia, me aposentei e trabalho numa ONG internacional…”, completou aos eleitores.

Na sequência, um homem a indaga se Giroto irá efetuar o pagamento. “Não é o Giroto, é o coordenador de campanha”, respondeu a suposta policial civil aposentada. “Pode colocar (na lista) o nome de quantos vocês quiserem”, acrescentou.

De acordo com o autor da gravação, que não se identificou, a denúncia foi protocolada no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), com o número 746/2012. 

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