Ex-amante de Marcos Matsunaga falta a depoimento em SP

A sessão que decidirá se Elize Matsunaga irá a júri popular iniciou sem o depoimento de Natália Vila Real Lima, ex-amante do empresário Marcos Matsunaga, assassinado em 20 de maio. Não localizada, Natália não deve prestar depoimento nesta terça-feira no fórum criminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade de São Paulo. Mesmo com […]

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A sessão que decidirá se Elize Matsunaga irá a júri popular iniciou sem o depoimento de Natália Vila Real Lima, ex-amante do empresário Marcos Matsunaga, assassinado em 20 de maio. Não localizada, Natália não deve prestar depoimento nesta terça-feira no fórum criminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade de São Paulo.

Mesmo com a falta, os demais interrogatórios seguirão a ordem prevista. A babá Mauriceia José Gonçalves dos Santos, que trabalhava para o casal, começou a falar por volta das 11h. Em seguida, deve ocorrer o depoimento de Elize.

O promotor de Justiça, José Carlos Cosenzo disse que pedirá para que Elize seja condenada a pena máxima, sustentado a tese de que foi um crime premeditado. Já o advogado de defesa Luciano Santoro segue defendendo que se trata de um crime passional. Há perspectiva de que Eliza não seja pronunciada este ano por causa do recesso da Justiça, que ocorrerá a partir do dia 20 de dezembro.

O caso

Executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, 42 anos, foi considerado desaparecido em 20 de maio deste ano. Sete dias depois, partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo. Segundo apuração inicial, o empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado.

Principal suspeita de ter praticado o crime, a mulher dele, a bacharel em Direito e técnica em enfermagem Elize Araújo Kitano Matsunaga, 38 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça no dia 4 de junho. Eles eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. O empresário era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.

De acordo com as investigações, no dia 19 de maio, a vítima entrou no apartamento do casal, na zona oeste da capital paulista e, a partir daí, as câmeras do prédio não mais registram a sua saída. No dia seguinte, a mulher aparece saindo do edifício com malas e, quando retornou, estava sem a bagagem.

Durante perícia no apartamento, foram encontrados sacos da mesma cor dos utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. Além disso, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo antes de ser presa. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário.

Em depoimento, dois dias depois de ser presa, Elize confessou ter matado e esquartejado o marido em um banheiro do apartamento do casal. Ela disse ter descoberto uma traição do empresário e que, durante uma discussão, foi agredida. A mulher ressaltou ter agido sozinha.

No dia 19 de junho, o juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri no Fórum da Barra Funda, aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo e decretou a prisão preventiva da acusada.

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