Dilma prega integração e defende “parceria entre iguais”
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff argumentou a favor da integração regional entre as Américas, defendendo uma “parceria entre iguais”, em referência às relações comerciais entre Estados Unidos e países latino-americanos. Presente a um painel de economia prévio à Cúpula das Américas, que se realiza em Cartagena, na Colômbia, Dilma palestrou ao lado dos presidentes […]
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A presidente do Brasil, Dilma Rousseff argumentou a favor da integração regional entre as Américas, defendendo uma “parceria entre iguais”, em referência às relações comerciais entre Estados Unidos e países latino-americanos. Presente a um painel de economia prévio à Cúpula das Américas, que se realiza em Cartagena, na Colômbia, Dilma palestrou ao lado dos presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e dos Estados Unidos, Barack Obama.
Falando de forma cautelosa, mas firme, a presidente defendeu que “nós (as Américas) temos um potencial de integração muito grande”, frisando-o como uma forma de enfrentar as “consequências nefastas da crise”. Dilma, no entanto, tratou de enfatizar ser necessário estabelecer uma “parceria entre iguais”, referindo-se ao desejo de equivalência na importância e no papel a serem desempenhados pelos países da América Latina e pelos Estados Unidos.
“Não basta crescer 6%”, disse Dilma em resposta a pergunta sobre a importância do Brasil na economia mundial. “[Se faz necessária] uma ação que vá beneficiar a todos”, falou, defendendo a integração equânime como único modo de consolidação regional. “Ninguém produz ciência, ninguém produz conhecimento, ninguém produz educação de qualidade em casos em que uns países são mais importantes que outros. (…) Todos somos países coloniais, todos sabemos que não há diálogo entre países desiguais”.
A presidente fez questão, no entanto, de enaltecer o papel desempenhado pelos norte-americanos neste contexto. “A economia dos EUA tem uma característica muito importante”, afirmou Dilma, apontando para a as características do dinamismo e da diversidade da produção americana, baseados em “imensa flexibilidade” e na “imensa liderança em tecnologia e inovação”, bem como nas “raízes democráticas que fundaram os EUA”. “Os EUA podem desempenhar um papel muito importante neste mundo multipolar que agora surge”, postulou a presidente.
Cautelosa, Dilma tratou também de pontuar a necessidade de “defesa” das economias nacionais, distinguindo-a da “proteção”, em referência à medidas protecionistas que dificultam as trocas comerciais. “Nós temos de tomar medidas para nos defender”, disse, enfatizando que não estava usando o termo “proteger”. “Não podemos deixar que nossos setores manufatureiros sejam canibalizados”, disse.
Os líderes americanos reúnem-se hoje e amanhã na Colômbia pela Cúpula das Américas, sob o lema “Conectando as Américas: Parceiros para Prosperidade”. “Sou muito otimista com as relações neste hemisfério”, finalizou Dilma, em tom conciliatório, antes de passar a palavra ao colega americano.
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