Dilma nomeia técnico no Trabalho e desmente versão de Dagoberto

Por decreto a presidente confirmou a nomeação de Carlos Antonio Sasse como secretário executivo e derrubou versão do presidente regional do PDT, que dizia ter convite para ocupar o cargo

Em decreto publicado na edição desta quinta-feira (17) do Diário Oficial da União, a presidente Dilma Rousseff (PT) confirmou a nomeação do economista Carlos Antonio Sasse como secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego. A decisão desmente a versão do presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira, que dizia ter convite para ocupar o cargo.

“Para o Estado é muito bom (assumir o cargo), mas tenho que pensar no partido que precisa da minha presença e também pensar em mim. Se eu resolver assumir, não posso mais ser vice (do deputado federal Edson Giroto), então até quinta (17) eu decido”, disse Dagoberto na última segunda-feira (14), durante ato da Acrissul contra o monopólio dos frigoríficos no Estado.

O pedetista ainda destacou apelo do governador André Puccinelli (PMDB) para ele ficar em Mato Grosso do Sul e aceitar a vaga de vice do Giroto. “Já conversei com o governador e ele quer que eu fique”, acrescentou Dagoberto, indicando preferir ser vice a assumir o suposto cargo reservado pelo PDT a ele, em Brasília. O fato é que, por enquanto, ninguém do PMDB confirmou a indicação do dirigente do PDT como parceiro de chapa de Giroto.

Para piorar a situação, nesta quinta-feira, após cinco meses como interino à frente do Ministério do Trabalho e Emprego, o secretário-executivo Paulo Roberto Pinto foi exonerado do cargo e abriu caminho para Sasse, atendendo pressão da presidente por uma indicação técnica.

Pinto era ligado ao ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi, que deixou o governo em dezembro por conta de denúncias de corrupção. Desde então, disputas internas no PDT dificultavam a nomeação de um novo nome pelo governo. No dia 3 deste mês, Dilma deu posse ao deputado Brizola Neto no comando do ministério.

Sasse foi secretário da Fazenda no município fluminense de Niterói e desempenhou a mesma função no governo estadual do Rio de Janeiro na gestão Anthony Garotinho – do qual se desligou após denunciar um suposto esquema de corrupção envolvendo fiscais. Ele também integrou o governo de Leonel Brizola, avô do atual ministro.