CPMI se prepara para ouvir Cachoeira na próxima terça-feira
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira começa na semana que vem os depoimentos públicos dos envolvidos nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal. A terça-feira é dia do principal personagem, o contraventor Carlinhos Cachoeira. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), acredita que não haverá mais empecilhos, já […]
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira começa na semana que vem os depoimentos públicos dos envolvidos nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal. A terça-feira é dia do principal personagem, o contraventor Carlinhos Cachoeira. O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), acredita que não haverá mais empecilhos, já que todos os advogados de acusados têm autorização para consultar os documentos de posse da CPI.
Depois de conseguir uma liminar para adiar o depoimento marcado para o último dia 15, há a possibilidade de Cachoeira não responder às perguntas dos parlamentares. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), espera colaboração, mas diz que seu trabalho não depende do que Cachoeira disser.
“A expectativa é que ele contribua com as informações necessárias à investigação”, diz Odair Cunha. “Claro, se ele não falar nada, se ele usar o direito constitucional ao silêncio, nós temos outros instrumentos para usar para produzir uma investigação. Nós não temos só as oitivas como instrumento único de investigação”, destaca.
Na quinta-feira a CPMI pretende ouvir alguns integrantes da organização de Cachoeira, entre eles Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia, acusado de ser o principal assessor do contraventor, e o contador Geovani da Silva, que está foragido há dois meses. Também estão convocados José Olímpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira da Cruz e Lenine Araújo de Souza. Todos eles tiveram os sigilos telefônicos, fiscais e bancários quebrados pela CPMI, nesta quinta-feira.
Todas essas pessoas participam de conversas gravadas pela Polícia Federal que podem implicar políticos e autoridades públicas. Para o relator, começar o trabalho pela convocação dessas pessoas permite que a comissão se municie de informações. Por isso ele explicou que é contra a convocação imediata de governadores, como defende parte dos parlamentares.
“Nós não queremos convocar governador por convocar governador. Nós queremos trazê-los aqui com informações na mão”, analisa Odair Cunha. “Com essas informações nós teremos condições de fazer perguntas que sejam perguntas embasadas nas provas e nos envolvimentos dos governadores”.
O plano de trabalho de Odair Cunha prevê mais um dia com depoimentos de assessores de Cachoeira e, a seguir, audiências sobre o envolvimento de empresários e políticos com a organização do contraventor.
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