Confinamento de bovinos em Mato Grosso do Sul deve crescer 20% este ano

Aproximadamente 40% dos pecuaristas que praticam o confinamento tem de 1 mil a 5 mil animais. Somente 10% entre 5 mil e 10 mil cabeças.

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Aproximadamente 40% dos pecuaristas que praticam o confinamento tem de 1 mil a 5 mil animais. Somente 10% entre 5 mil e 10 mil cabeças.

Estudo realizado em 10 estados brasileiros, que representam 90% do total de animais confinados no país, aponta que o número deste tipo de cultura deve crescer 19% em Mato Grosso do Sul. A expectativa é a mesma para o país, que deve aumentar 19,3%.

A pesquisa foi feita entre 21 de março e 5 de abril pelo Banco Original. Ao todo 227 propriedades participaram do estudo, sendo 109 de clientes da entidade financeira e 118 não-clientes. As fazendas juntas possuem um rebanho de 939 mil animais confinados.

Ainda segundo o estudo, aproximadamente 40% dos pecuaristas que praticam o confinamento tem de 1 mil a 5 mil animais. Somente 10% entre 5 mil e 10 mil cabeças, e grandes confinamentos, mas de 50 mil cabeças não chega a 1% do total pesquisado.

Cinquenta e seis por cento dos entrevistados praticam o confinamento estratégico, que não se baseia apenas nas condições de mercado, o que mostra que a atividade na região é planejada. Outro dado importante é que em MS 60% dos produtores que praticam o confinamento o fazem de forma estratégica.

O estudo também revelou que apesar da curva acentuada das expectativas em relação ao confinamento de animais em MS, a utilização de produtos financeiros pelos criadores da região foi baixa no ano passado. Somente 11% dos entrevistados, a menor proporção entre os estados tradicionais (SP, GO, MT e MS) usufruíram de algum tipo de proteção financeira.

Este ano é esperado que 40% dos pecuaristas participem de algum tipo de proteção financeira. Os investimentos são considerados essenciais para a sofisticação do sistema produtivo e gestão de custos dos pecuaristas, que podem utilizar instrumentos para proteger sua rentabilidade de variações bruscas de preços.

Banco Original

O Banco Original que surgiu da união do banco JBS como o Matone tem R$ 600 milhões de ativos para investir somente no agronegócio este ano. Segundo o gerente regional Daniel Pagotto, deste total, aproximadamente 10%, ou R$ 60 milhões é destinado para o MS.

O economista chefe do banco, Marcelo Cypriano, lembrou ainda que 85% da carteira do banco é voltada para a pecuária, mas que investimentos em outros setores do agronegócio como as commodities de grão (soja e milho) açúcar e álcool têm crescido.

“A médio prazo [três ano, apontou] pretendemos equilibrar a pecuária com outros setores. Já crescemos bastante na pecuária e agora o caminho é crescer em outros setores”, explicou.

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