Comissão da OAB/MS aciona seccional do Rio de Janeiro sobre situação dos indígenas na Rio+20

A presidente da Comissão Permanente de Assunto Indígenas da OAB/MS (Copai), Sámia Roges Jordy Barbieri, oficiou a OAB/RJ, nesta semana, sobre denúncia de que índios estavam sem alojamento, cobertores e, até mesmo, comendo alimentos com má qualidade durante o Rio +20. “A comissão está indignada com as condições do índios no evento”, enfatizou Sámia, que participou da Rio +20.
 
De acordo com a presidente Copai, os indígenas de várias etnias e regiões brasileiras, e até de outros países da América do Sul, sofreram com a falta de estrutura. “Alguns reclamaram que foram servidos alimentos estragados”, relatou Sámia.
 
Como não há comissão que trate exclusivamente de assuntos indígenas na Seccional do Rio de Janeiro, a Copai encaminhou ofício ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ solicitando posicionamento. As denúncias foram veiculadas nacionalmente.
 
A presidente da Copai ainda aproveitou para comentar a operação da Polícia Federal que cumpriu  dez mandados de prisão, na semana passada, de suspeitos no envolvimento do sumiço do líder do Acampamento Guayviry, Nísio Gomes, em Aral Moreira.
 
“Ainda não concluíram o caso, mas é um grande sinal. Entendemos que as autoridades já trabalham com a possibilidade da morte de Nísio, pois eles trabalhavam apenas com o sumiço. Um líder não some assim, ele foi assassinado”, comentou Sámia.
 
Nísio Gomes, 59 anos, está desaparecido desde o dia 18 de novembro, após suposto ataque ao acampamento. A comissão acompanha os trabalhos da Polícia Federal e na próxima reunião, dia 29 de junho, tratará o assunto com prioridade.