Conforme dados do Serviço Social do Centro de Atendimento à Mulher Cunã Mbaretê, de janeiro a julho de 2012 foram registrados 2.246 casos de atendimento em Campo Grande.

A unidade oferece uma rede de orientações especializadas à mulheres vítimas de violência, como assistente social, tratamento psicológico e também na resolução de questões judiciais, por meio da Defensoria Pública. Os defensores de defesa da mulher são responsáveis pelas áreas criminal e cível dos casos.

O atendimento no Centro é realizado pelos defensores Edmeiry Silara Broch e Anderson Chadid Warpechowski, de segunda a quinta-feira, durante o período da manhã. Entre julho e agosto deste ano, 256 casos tiveram atuação da Defensoria Pública.

Conforme o Perfil dos Atendimentos, a quantidade de casos registrados no primeiro semestre deste ano é de mulheres entre 26 e 35 anos de idade. Buscaram ajuda na unidade um total de 125 vítimas dessa faixa etária. Ocupam a egunda posição, mulheres de 36 a 45 anos, com 69 registros no mesmo período.

Os números também mostram que a maioria das vítimas são líderes do lar e entre as que possuem uma ocupação fora do ambiente doméstico, grande parte trabalha de forma autônoma, em atividades como manicure, diarista e serviços gerais. Sobre esse aspecto, o Defensor Público Anderson Chadid comenta a importância da vítima procurar o Centro para obter mais informações.

“Em muitos casos a mulher não tem conhecimento dos seus direitos e não consegue se separar, por exemplo, porque, como podemos observar nesses números, não tem um trabalho fora de casa e ser dependente economicamente do companheiro. Aqui na unidade, com orientação, ela entende que pode sim ficar livre das agressões e ainda solicitar uma pensão”, esclarece.

Quanto ao nível de escolaridade, o maior número é de mulheres que afirmaram ter concluído ensino médio, seguido das que declararam ter apenas o ensino fundamental.

Entre janeiro e junho deste ano, 118 vítimas que procuraram atendimento possuem somente 1 filho, enquanto 80 casos são de mulheres com dois filhos. Outras 56 atendidas declararam não serem mães. Interrogadas sobre o registro do Boletim de Ocorrência da agressão que sofreram dos companheiros, 262 mulheres afirmaram ter realizado, em 62 casos não houve o registro. O levantamento destaca ainda que do universo das que sofreram violência física, apenas 52 mulheres realizaram o exame de Corpo de Delito, enquanto outras 239 não fizeram.

Em 2011, a Defensoria Pública realizou atendimento a 670 casos.

O Centro de Atendimento à mulher Cunã Mbaretê atende, a partir desta semana na Rua 7 de Setembro. De acordo com a coordenação, a mudança tem como proposta aproximar a unidade da Delegacia da Mulher, localizada também na Rua 7 de Setembro, número 2.421.

Serviço:

Centro de Atendimento à Mulher Cunã Mbaretê

Rua 7 de Setembro, número 1.628.

Telefone: 3361-8632.

Central de Atendimento à Mulher: 180