Brasileirão tem a primeira rodada neste domingo com grande investimento

Começa neste sábado mais uma edição do Campeonato Brasileiro, mas não se trata de uma edição qualquer. A deste ano é a primeira de um quadriênio que marca a enxurrada de dinheiro patrocinada pela TV Globo, que transformou o Nacional na competição, de longe, mais rica do País e uma das mais bem remuneradas do mundo todo.

Com mais de R$ 1 bilhão investido para ter o direito das transmissões dos jogos de todos os participantes, a Globo reforçou sua condição de “parceira” dos clubes, ligeiramente abalada com parte deles durante o racha no Clube dos 13, que culminou justamente na negociação individual dos direitos de TV com cada time em vez do acerto em bloco com a então entidade que os representava.

As equipes que estarão na Série A deste ano no mínimo dobraram sua verba de TV referente ao Brasileiro. O novo mapa da distribuição de dinheiro da TV, no entanto, não acabou com o abismo entre as equipes.

Ponte Preta, Náutico, Figueirense e Atlético-GO formam o grupo dos times com as menores cotas: R$ 18 milhões – diferença de R$ 67 milhões, mais do que a cota paga ao grupo intermediário, formado por seis clubes, que receberão R$ 55 milhões cada (veja tabela ao lado).

Entre os principais clubes do País, a entrada de mais dinheiro em seus cofres significou o aumento dos gastos para montar elencos, mas pode se tornar uma armadilha no longo prazo.

Ilusão. Nos prognósticos que costumam apontar os favoritos ao título do Brasileiro é comum aparecerem os campeões dos principais Estaduais do País. Mas, em 41 edições do Nacional, essa não tem sido a regra.

Só 13 vezes um campeão estadual conseguiu levar no mesmo ano a principal competição nacional. Nos últimos dez anos, apenas Cruzeiro (2003) e Flamengo (2009) obtiveram o feito. O atual campeão, o Corinthians, foi vice no Paulista do ano passado.