O governador de Brasília, Agnelo Queiroz (PT), disse nesta quarta-feira que é vítima de “perseguição” das máfias do jogo ilegal, às quais acusou de “semear suspeitas” de corrupção contra sua pessoa.

Queiroz compareceu para responder essas suspeitas perante a CPI do Cachoeira e pôs à disposição dos parlamentares seus dados bancários e fiscais, assim como garantiu que permitirá que todas suas ligações telefônicas sejam investigadas pelas autoridades.

“São acusações mentirosas e covardes”, declarou Queiroz, sobre quem pesam suspeitas que tenha relações com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a quem haveria inclusive beneficiado em licitações de obras públicas em Brasília.

Nesse último caso, estão incluídos os contratos outorgados à empresa Delta, que atua principalmente na área da construção civil e que está sendo investigada como suposta fachada da máfia de Cachoeira, que a utilizaria para lavagem de dinheiro do jogo.

Queiroz admitiu que se reuniu “uma vez” com o suposto contraventor e negou que a Delta tivesse sido favorecida em licitações, mas reconheceu que os valores dos contratos dessa empresa, já cancelados, tinham sido aumentados por razões “técnicas”.

Assim como aconteceu ontem, durante o depoimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), a maior parte das quase oito horas da sessão foi perdida em discussões entre os parlamentares.