Revezamento 4×100 m masculino do Brasil garante vaga no Pan

O índice para os Jogos Pan-Americanos obtido pelo revezamento 4×100 m do Brasil foi um dos resultados importantes do GP Internacional Caixa São Paulo de Atletismo, neste domingo, na inauguração oficial da pista do Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, em São Paulo. A equipe brasileira formada pelos atletas Nilson André, Aílson da Silva […]

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O índice para os Jogos Pan-Americanos obtido pelo revezamento 4×100 m do Brasil foi um dos resultados importantes do GP Internacional Caixa São Paulo de Atletismo, neste domingo, na inauguração oficial da pista do Estádio Ícaro de Castro Melo, no Ibirapuera, em São Paulo.

A equipe brasileira formada pelos atletas Nilson André, Aílson da Silva Feitosa, Basílio Emídio de Moraes Jr. e Sandro Viana venceu o 4×100 em 38s77, marca inferior ao índice definido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (MEX), em outubro, que é de 39s15.

O público presente ao Ibirapuera percebeu que o resultado era importante pela reação de Aílson, que gritava, vibrava e pulava. “O índice foi muito bom para afastar a desconfiança que existia sobre os revezamentos. Resolvemos nos unir e podemos estar sempre entre os melhores do mundo”, disse. O grupo ainda tem a disputa do Sul-Americano de Buenos Aires, de 2 a 5 de junho, e o Pan. “Queremos o quarto ouro consecutivo para o Brasil.”

Pouco antes do revezamento foi a vez de Nilson André comemorar o resultado inidividual nos 100 m. Ele chorou de emoção, deu um forte abraço no médico Cristiano Laurino, depois de estabelecer o melhor tempo da carreira nos 100 m rasos – 10s18. Ficou com o bronze na prova vencida pelo britânico Dwain Chambers (10s01). Dexter Lee, da Jamaica, levou a prata (10s06).

“Venho enfrentando tendinite nos joelhos há dois meses, fazendo 10s50, 10s60, me arrastando, e agora consegui esse resultado, o melhor tempo da minha vida na distância”, disse Nilson que, desde o aquecimento, estava preocupado em prevenir qualquer problema.

“É uma época muito difícil, de muita pressão, em que os atletas estão buscando os índices”, completou Nilson, que ficou muito perto da marca para o Mundial de Daegu, que é de 10s15. “Estou muito confiante, acreditando em mim. Caiu uma mochila das minhas costas.”

Ana Cláudia Lemos da Silva terminou os 100 m em quinto (11s27), em prova vencida pela nigeriana Oludamola Osayomi (10s99), que teve duas americanas no pódio: Alexandria Anderson (11s01) e Mikele Barber (11s14).

Ana, recordista sul-americana dos 100 m (11s15), comemorou o bom tempo e a regularidade que vem mantendo na temporada. Ana correu 11s19, sua melhor marca este ano, em 16 de março, no Torneio FPA. Depois, fez 11s35, no GP de Belém, e 11s49 (com frio), no GP de Uberlândia. A meta para este ano é correr abaixo de 11s15.

“É bom competir em provas fortes, contra adversárias como as que eu tive aqui para ganhar experiência. Também estou buscando resultados. Já tenho o índice para o Mundial de Daegu, mas quero melhorar as minhas marcas. Estou focada no Mundial. Correr num estádio lotado é uma pressão muito forte e você tem de estar focada em seu objetivo para suportar tudo isso.”

Ana acrescentou que o técnico Katsuhico Nakaya fixou um objetivo de tempo para ela na temporada. “Prefiro não relevar. Depois que eu fizer conto. Mas como sou ousada, quero ir além”, disse Ana.

Ana Cláudia Lemos Silva, Rosemar Coelho Neto, Franciela Krasucki e Vanda Gomes (43s21) ficaram com o ouro no 4×100 m feminino.

“Foi uma boa marca. A pista é ótima, rápida, todas estão empenhadas em fazer o seu melhor no individual, isso se reflete no revezamento, mas a passagem não foi tão boa. Podemos melhorar”, afirmou Ana Cláudia.

“É uma das provas de que eu mais gosto, de equipe, carrega o Brasil nas costas.” Lucimar de Moura, também do Clube de Atletismo BM&FBOVESPA, ficou em terceiro no revezamento 4×100 m, correndo com Bárbara Leôncio, Adelly Santos e Flávia Cândido (45s09).

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