Potências anunciam US$ 250 milhões para ajuda humanitária na Líbia

O ministro das Relações Exteriores da Itália. Franco Frattini, anunciou nesta quinta-feira (5), ao fim da reunião do Grupo de Contato para a Líbia, em Roma, que foram arrecadados US$ 250 milhões para ajuda humanitária à Líbia, imersa desde meados de fevereiro em uma guerra civil entre rebeldes antigoverno e tropas leais ao ditador Muammar […]

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O ministro das Relações Exteriores da Itália. Franco Frattini, anunciou nesta quinta-feira (5), ao fim da reunião do Grupo de Contato para a Líbia, em Roma, que foram arrecadados US$ 250 milhões para ajuda humanitária à Líbia, imersa desde meados de fevereiro em uma guerra civil entre rebeldes antigoverno e tropas leais ao ditador Muammar Kadhafi.

“Temos destinados para a ajuda humanitária um fundo de cerca de US$ 250 milhões graças à generosidade de inúmeros países”, declarou o chanceler italiano durante o encerramento da reunião.

O anúncio foi feito um dia depois que um barco com ajuda humanitária da Organização Internacional para Imigrações (OIM) conseguiu atracar no porto líbio de Misrata, cidade que se encontra sob sítio há dois meses pelas forças governamentais do coronel.

Inúmeras organizações humanitárias pedem há dias que se facilite a retirada tanto por mar como por terra dos milhares de feridos assim como de imigrantes que se encontram bloqueados em Misrata.

No início do encontro, Frattini havia anunciado a criação de um fundo especial para ajudar os rebeldes líbios do Conselho Nacional de Transição (CNT), que lutam contra o regime.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Itália convidou os países aliados a reconhecer o CNT, órgão político dos insurgentes líbios.

A reunião teve a presença de 22 países e seis organizações internacionais ou regionais, entre elas a Organização da Conferência Islâmica, assim como observadores da União Africana e do Banco Mundial.

Entre as personalidades presentes estão a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, e o chanceler francês, Alain Juppé.
O Grupo de Contato é integrado, entre outros, por Estados Unidos, Reino Unido, Jordânia e Marrocos, além de ONU, Liga Árabe e Otan.

HillaryDurante a reunião, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, fez um apelo à comunidade internacional, pedindo aos países que adotem mecanismos para um maior “isolamento” de Kadhafi.

Hillary Clinton exortou seus aliados a “apoiarem a transição democrática da Líbia através do processo político”, sob a liderança do enviado especial da ONU para a Líbia, o jordaniano Abdel Ilah Khatib.

A chefe da diplomacia americana sugeriu que os governos rejeitem “as visitas dos enviados de Kadhafi, a menos que queiram abandoná-lo ou que discutam seriamente sobre sua saída”.
Hillary também pediu aos países que ainda mantêm representações diplomáticas na Líbia a “fechar suas sedes e enviar emissários a Benghazi”, bastião dos rebeldes.

“Temos que facilitar a criação nas capitais de todo o mundo de representações do Conselho Nacional de Transição”, acrescentou. “Já é hora da violência parar, de Kadhafi partir. Que comece a transição democrática”, declarou.

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