Na bola, meninas do vôlei se impõem contra Cuba e pulam para a semifinal no Pan

Não teve provocação, briga ou xingamento. Em quadra, Brasil e Cuba limitaram a eterna rivalidade às pancadas distribuídas dos dois lados. E José Roberto Guimarães estava certo. Depois de vitórias relativamente tranquilas em Guadalajara, as rivais desta segunda foram as primeiras a darem trabalho à seleção nos Jogos Pan-Americanos. Ainda assim, as brasileiras mostraram força […]

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Não teve provocação, briga ou xingamento. Em quadra, Brasil e Cuba limitaram a eterna rivalidade às pancadas distribuídas dos dois lados. E José Roberto Guimarães estava certo. Depois de vitórias relativamente tranquilas em Guadalajara, as rivais desta segunda foram as primeiras a darem trabalho à seleção nos Jogos Pan-Americanos. Ainda assim, as brasileiras mostraram força e vibração para derrotar as cubanas por 3 sets a 1, parciais 25/23, 21/25, 25/22 e 25/18.

Diante das cubanas, as brasileiras se mostraram recuperadas do susto sofrido com a fratura de Jaqueline na estreia, após choque com Fabi. De quebra, garantiram o primeiro lugar no grupo e, com isso, saltaram direto para a semifinal, ainda sem adversário definido. As cubanas ainda terão de disputar as quartas.

Após a vitória contra o Canadá, Zé Roberto afirmou que o Brasil deveria tomar cuidado com duas cubanas: Silva e Santos. Logo no início do set, a primeira sentiu dores na coxa direita e saiu mancando, mas não demorou a voltar à quadra e castigar a defesa brasileira. A segunda, no entanto, soltou o braço contra as brasileiras desde o início. A seleção, no entanto, tinha uma jogadora inspirada: Paula Pequeno.

Desde o início da partida, a ponteira, substituta de Jaqueline, cortada após choque com Fabi na estreia, tomou para si a responsabilidade de devolver as pancadas para o outro lado da quadra. Apesar de alguns erros, a seleção soube aproveitar as bolas pelas pontas e construiu boa vantagem no placar. No fim do set, as cubanas conseguiram encostar, mas após peixinho de Paula Pequeno para salvar uma bola praticamente perdida, Mari afundou na quadra rival e fechou: 25/23.

O segundo set começou mais agitado. Melhores no fim da primeira parcial, as cubanas mantiveram o ritmo na volta à quadra. Os ataques das rivais passaram a encontrar brechas na defesa brasileira, que tinha dificuldades nas bolas de fundo. Nas arquibancadas, a torcida passou a incentivar o time de Cuba. Em resposta, Paula Pequeno mandou uma pancada na cabeça de Silva: 13/10.

Cuba, no entanto, voltou a crescer. E logo tomou a dianteira do placar pela primeira vez na partida, após dois bloqueios seguidos em cima de Paula Pequeno. A torcida continuava apoiando as cubanas, e as brasileiras, apesar do esforço, não conseguiram tirar a diferença: 25 a 21 para as caribenhas.

No terceiro set, as cubanas seguiram castigando a defesa brasileira, com pancadas de todos os lados da quadra. Com um ace de Silva, as rivais fizeram 5/2 e Zé Roberto pediu o primeiro tempo da parcial. A bronca deu resultado. O Brasil voltou mais atento e tirou a diferença, fazendo 6/5. A torcida, então, passou a gritar pelas brasileiras.

O jogo continuou intenso. Se Brasil abria uma vantagem, Cuba ia atrás e tirava a diferença. Nas arquibancadas, o público torcia para quem estava na frente. No vaivém da partida, as brasileiras acabaram levando a melhor após erro rival: 25 a 22.

No início do quarto set, Carcases, no ataque, e Silva, enchendo a mão no saque, levaram Cuba a ter 6/3 no placar. O Brasil chegou ao empate após bloqueio de Thaísa. Foram as cubanas, no entanto, que foram com a vantagem para o tempo técnico, com 8/7 no placar.

Na volta, o Brasil abriu vantagem. Conseguiu segurar os ataques cubanos, acertou a defesa e segurou a pressão cubana, que passou a contar de vez com a torcida mexicana. O apoio das arquibancadas não adiantou. Na deixadinha de Tandara, fim de papo, e passaporte carimbado para as semis.

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