Índios de Iguatemi permanecem na mata aguardando chegada da Funai e da PF
São 124 pessoas no local, que se refugiaram na mata depois de terem o acampamento destruído por “capangas” na madrugada de domingo.
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São 124 pessoas no local, que se refugiaram na mata depois de terem o acampamento destruído por “capangas” na madrugada de domingo.
Desde que tiveram o acampamento destruído, entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, os 124 índios guarani kaiowá que ocuparam área na divisa entre duas fazendas, em Iguatemi, continuam na mata e aguardam a chegada, esta tarde, de equipes da Funai (fundação Nacional do Índio) e da PF (Polícia Federal).
De acordo com Rosélio Gonçalves, um dos integrantes do grupo indígena, funcionários das fazendas continuam rondando o local. “Esta manhã, por volta das 10h30, eles passaram de novo, a cavalo”, relata Rosélio, contando ainda que desde o ataque ao acampamento, que provocou a fuga dos índios para a mata, os funcionários das fazendas patrulham a área permanentemente.
“Agora estamos do outro lado do córrego e vamos esperar o pessoal chegar para ver a situação aqui e decidir o que vamos fazer”, informou Rosélio. Ele confirmou ainda que são 124 pessoas na área ocupada desde o dia 9 deste mês, todos provenientes da aldeia Jaguapiré, município de Tacuru.
A área ocupada é reivindicada pelos índios como Tekoha (terra tradicional), faz parte do território denominado como Pyelito Kue, e está incluída nas portarias da Funai publicadas em 2008, que formaram Grupos de Trabalho para estudos em 26 municípios da região sul do Estado, visando o reconhecimento e demarcação de terras indígenas.
Além da Funai e da PF o MPF (Ministério Público Federal) também acompanha o desenrolar da situação. Ontem, o procurador da República em Dourados, Marco Antônio Delfino de Almeida, afirmou que a denúncia da destruição do acampamento estava sendo averiguada. “Se houve violência, será instaurado inquérito”, afirmou.
Fazendeiros
Esta é a terceira vez que os índios ocupam terras na região. Em 2003 e 2009 as ocupações tiveram desfechos marcados por violentos confrontos com seguranças das fazendas.
A área ocupada agora pelos índios fica na divisa entre as fazendas Maringá e Santa Rita. A Fazenda Santa Rita é propriedade da família do prefeito de Iguatemi, José Roberto Felippe Arcoverde (PSDB).
A responsável pela propriedade é a irmã dele, Lucia Renata Felippe Arcoverde Barros, que mora no Paraná e chegou hoje a Iguatemi para tomar pé da situação.
Já a Fazenda Maringá é administrada por Dagmar Vargas Antunes, filho da proprietária.
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