Funileiro acusado de abusar das filhas não nega que pode ser pai da própria neta
“Pode ser”, é a resposta do funileiro sobre a possibilidade de ser pai-avô de uma menina de 2 anos. Ele alega que também já sofreu abuso sexual
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“Pode ser”, é a resposta do funileiro sobre a possibilidade de ser pai-avô de uma menina de 2 anos. Ele alega que também já sofreu abuso sexual
“Pode ser”, é a resposta do funileiro R.C.S. de 42 anos, quando questionado sobre a possibilidade de ser pai da própria neta, de 2 anos. R. assumiu que violentava sexualmente a própria filha de 17 anos, mãe da criança, desde quando ela tinha 14 anos.
A adolescente desconfia que está grávida do pai pela segunda vez. Caso o resultado dê positivo, a jovem disse à polícia que não quer continuar com a gestação.
De acordo com a polícia, existe a possibilidade de interromper a gravidez, ou aguardar os nove meses e depois realizar o procedimento de adoção. Durante a gestação, testes podem comprovar a paternidade.
Em depoimento à delegada Alexandra Favaro, da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), outra filha de 13, também informou que era abusada. R. foi preso em casa no bairro Centro Oeste em Campo Grande após denuncias anônimas na tarde desta segunda-feira (24). Ainda ontem a justiça expediu o pedido de prisão preventiva.
O funileiro também é acusado de maus tratos e ameaça. R. tem 8 filhos com a mesma mulher que nega a conivência no caso. Eles estão separados desde o começo do ano. Ela se casou novamente e mudou para a casa em frente onde moravam. De acordo com a polícia, a mãe da jovem pode responder criminalmente, caso fique provada que sabia dos abusos.
As adolescentes fizeram exames de corpo de delito e a mãe da menina de dois anos fará teste de DNA para comprovar se a filha é do próprio avô. Sobre a menina de 13 anos, o acusado nega os abusos. “Nunca toquei nela”.
Perguntado sobre o motivo que levava a abusar da própria filha, R.C.S. conta que “não sabe”. Todas as crianças estão sob a guarda do Conselho Tutelar. Ele também conta que foi vítima de abuso sexual quando tinha sete anos na cidade de Jardim, onde morava.
“Era um homem que visitava lá em casa, ele queria namorar minha irmã mais velha. Ele me convidava pra sair e me levou no mato duas vezes”, lembra-se R. sem afirmar se o suposto trauma possa ter sido um dos motivos para o crime.
O funileiro que está detido em uma das celas da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), será levado ao presídio. R.C.S. foi indiciado por estupro de vulnerável (8 a 15 anos, em cada provado), maus tratos (2 meses a 1 anos) e ameaça com pena de 6 meses.
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