Crise deve adiar cúpula que Dilma faria estreia internacional

A 3ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), marcada para os dias 15 e 16 de fevereiro, em Lima (Peru), deve ser adiada. A nova data para a reunião ainda não foi marcada. Assessores da presidenta Dilma Rousseff e diplomatas foram informados pelos organizadores do evento que a cúpula pode ser postergada. É uma medida […]

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A 3ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), marcada para os dias 15 e 16 de fevereiro, em Lima (Peru), deve ser adiada. A nova data para a reunião ainda não foi marcada. Assessores da presidenta Dilma Rousseff e diplomatas foram informados pelos organizadores do evento que a cúpula pode ser postergada. É uma medida de precaução, a pedido dos líderes políticos dos países árabes, considerando a crise que atinge parte do mundo muçulmano. A presidenta Dilma faria sua estreia em reuniões internacionais com a presença de chefes de Estado na Aspa.

Dos 22 países árabes que integram a cúpula, seis passam por turbulência – Egito, Jordânia, Líbano, Palestina, Síria e Iêmen. Em meio a esta situação, os líderes políticos da região apelaram à organização da cúpula da Aspa para adiar sua realização. Porém, o Itamaraty ainda confirma oficialmente a realização do evento e a participação da presidenta Dilma.

Antes da sinalização de adiamento da cúpula, os negociadores planejavam divulgar, depois das reuniões, uma nota conjunta em defesa do ambiente democrático e do bem da população. O caso da criação do Estado Palestino também deve merecer um destaque em apoio à autonomia e defesa da região. A medida seria uma resposta à crise política no Egito e nos demais países.

Na Aspa, uma série de temas estão pautados desde o final do passado e vão além da questão política na região árabe. A relação de assuntos prioritários inclui a alta do preço dos alimentos, a falta de água nos países árabes e os problemas gerados por causa da desertificação.

A organização da Aspa havia sugerido que Dilma ocupasse um lugar de destaque no evento, discursando em dois momentos. A previsão era que a presidenta falasse para empresários e depois para os líderes políticos sul-americanos e árabes. O tom do discurso era a necessidade de aliar o desenvolvimento econômico com o social.

A exemplo do Brasil, os estrangeiros querem elevar a qualidade de vida dos mais pobres pondo em prática algumas medidas pontuais, como os programas sociais de transferência de renda. No total, a estimativa era de que a cúpula reunisse 33 chefes de Estado e governo.

A cúpula da Aspa foi criada em 2003 por sugestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, árabes e sul-americanos buscam estreitar relações em várias áreas. Há sete subcomissões que tratam de temas que vão desde direitos humanos à capacitação profissional, economia e comércio, ciência e tecnologia, assuntos sociais, agricultura e meio ambiente.

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