Após iniciar processo contra Siufi, PMN afirma que não vai ‘bater’ em Giroto

Após os flagrantes de suposta propaganda antecipada por parte do deputado federal Edson Giroto (PR), através de adesivos em automóveis, o representante do Partido da Mobilização Nacional (PMN) afirmou que não acionará a justiça contra Giroto, tido como ‘preferido’ do governador André Puccinelli (PMDB) para disputar a prefeitura de Campo Grande em 2012.

“Não vejo irregularidades no material do Giroto, vi somente um carro com o tal adesivo, já o Siufi tem pelo menos 3 mil carros com adesivos, é crime”, desconversa Adalton Garcia, presidente regional do PMN. O adesivo com os dizeres “Campo Grande de (aparece o desenho de um coração, inclusive o utilizado nas campanhas de Puccinelli) é Giroto” foi flagrado em veículo rodando nas ruas da Capital.

Paulo Siufi foi multado pela veiculação do adesivo “Sou Campo Grande”, onde o S seria o logotipo do próprio vereador. Siufi recorreu da multa no TRE-MS e reclamou muito da ‘rapidez’ no processo.

Mesmo com o fato do adesivo de Giroto ser mais explícito que o de Siufi, Adalton Garcia afirma que o PMN não está usando ‘dois pesos e duas medidas’ para recorrer à Justiça. “Temos foto do adesivo do Giroto, mas só de um veículo, pra mim ainda não caracteriza crime”, alega Garcia.

Ainda segundo o presidente regional do PMN, Iara Costa, membro do partido e que já disputou a prefeitura da Capital, teria sido convidada por Puccinelli para ingressar no PMDB. “O Siufi tá colocando a barba de molho, se a Iara fosse pra lá, mataria qualquer chance dele, liderança não se faz na forma”, cutucou Garcia.

Em abril passado o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aplicou uma multa de R$ 5 mil contra o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante por ele ter cometido crime eleitoral por do twitter.

Note a interpretação do ministro do TSE, Hamilton Carvalhido, acerca da propaganda eleitoral antecipada: “deve ser entendida como propaganda eleitoral antecipada qualquer manifestação que, previamente aos três meses anteriores ao pleito, leve ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, mesmo que somente postulada, a ação política que se pretende desenvolver ou as razões que levem a inferir que o beneficiário seja o mais apto para a função pública”.