Advogados tentam relaxamento de prisões; Candia permanece detido no 2º DP

A segunda-feira vai começar com a expectativa de importantes desdobramentos do escândalo motivado pelas prisões ocorridas durante a operação da Corregedoria da Polícia Civil, na última sexta-feira (20) em Campinas. Foram cumpridos 20 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. A polícia ainda não sabe do paradeiro de dois secretários. O vice-prefeito, Demétrio Vilagra, que é considerado foragido, está em viagem de férias na Espanha e, segundo o advogado de defesa dele, deve retornar ao país na terça-feira (24).

Durante a operação 11 pessoas foram presas, entre elas empresários e o ex-diretor técnico da Sanasa, Aurélio Cance Júnior, e o ex-diretor de Controle Urbano da Prefeitura de Campinas e ex-prefeito de Corumbá, Ricardo Candia, que também é dono de uma empresa que aluga terrenos para instalação de antenas de telefonia celular.

No sábado (21), aconteceram as primeiras visitas aos presos, que foram levados para a cadeia anexa ao 2º distrito policial de Campinas. Os detidos dividem duas celas comuns de 12 metros quadrados, onde não há privilégios. Parentes e amigos não puderam entrar, apenas advogados, que reclamaram das condições de higiene.

Até a noite de sábado (21) nenhum dos advogados tinha conseguido revogar as prisões. A advogada do empresário Luiz Arnaldo Pereira Maier, Maria José da Costa Ferreira, disse, que tentava conversar com o cliente para redigir a revogação da prisão. Já o advogado de Ricardo Candia, Ralph Tortima Filho, cogita adiar o pedido de revogação da prisão do cliente.

A defesa de Vilagra vai pedir, nesta segunda-feira (23), o relaxamento da prisão do vice-prefeito ao juiz Nelson Augusto Bernandes da 3ª vara criminal de Campinas.

Ações

Nenhuma nova prisão aconteceu no sábado. A expectativa é que sejam retomados os trabalhos da Corregedoria da Polícia Civil, que tenta prender 9 pessoas que são consideradas foragidas.

O Ministério Público ressaltou, nesta sexta-feira (20), que essa operação foi necessária para evitar que o grupo, que supostamente teria envolvimento em um esquema que fraudava contratos