Serial killer de travestis é condenado a 18 anos em Dourados
O jardineiro Paulo Sérgio de Oliveira, conhecido popularmente com “Careca”, foi condenado por mais 18 anos de prisão. Desta vez pela morte do travesti Alcendino José Fernandes, conhecido como “Cidinha”, com cinco tiros. Paulo Sérgio que já foi condenado a mais de 180 anos de prisão por dezenas de assassinatos praticados em Dourados e no […]
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O jardineiro Paulo Sérgio de Oliveira, conhecido popularmente com “Careca”, foi condenado por mais 18 anos de prisão. Desta vez pela morte do travesti Alcendino José Fernandes, conhecido como “Cidinha”, com cinco tiros.
Paulo Sérgio que já foi condenado a mais de 180 anos de prisão por dezenas de assassinatos praticados em Dourados e no Estado de São Paulo, acumula com mais esta sentença quase 200 anos de reclusão. Ele ficou conhecido em Dourados como o matador em série de travesti.
O homicídio de “Cidinha” ocorreu em junho de 1997. Consta no processo, que a vítima estava sentada em frente de um estabelecimento comercial na Avenida Weimar Torres, quando recebeu cinco tiros disparados por Paulo Sérgio, o qual se evadiu do local. Na época, o assassino não foi reconhecido.
De acordo com o processo, posteriormente, após esse homicídio, passou a praticar diversos crimes de assassinato na cidade contra travestis, até que foi reconhecido e preso. Prestando testemunho na policia e em Juízo, o pedreiro Fredney Martins, seu conhecido e confidente, disse que “em São Paulo, Careca havia matado mais de dez travestis”, fato confirmado pelo réu por ocasião do seu depoimento.
Em Dourados, o acusado teria matado mais nove até ser preso e fugir do 1° DP, quando acabou novamente detido encurralado na Vila Rosa. O acusado teria matado ainda um taxista e uma doméstica supostamente envolvida no tráfico de entorpecentes na frente de suas duas filhas.
Vinha sendo submetido a diversos julgamentos, quando o advogado o criminalista Isaac de Barros Junior, requereu em plenário que ele fosse submetido a exames de sanidade.
O juiz Celso Schuch Santos, deferiu o pedido formulado pela defesa, interrompendo a série de júris que causavam muito tumulto por parte do movimento GLS durante as sessões, as quais ganharam repercussões na mídia estadual e nacional.
Recentemente, o Juiz de Direito em substituição legal, Jorge Tadashi Kuramoto, determinou o reinicio dos julgamentos, quando foi juntado ao processo um laudo psiquiátrico assinado pelo perito Pedro de Araújo Ortiz, nomeado pela 3ª Vara Criminal de Dourados.
Segundo o laudo, Paulo Sérgio de Oliveira, é portador de bipolaridade e transtorno de personalidade, emoção intensa e acessos de fúria acima do normal, com claros sinais de periculosidade se presentes travestis.
O homem, que chegou a ser chamado de “serial killer”, ficou preso na penitenciária local há 11 anos e agora pode se beneficiar do regime semi-aberto.
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