Se Dilma sabia, é crime, afirma Serra
Ao comentar mais uma denúncia sobre um suposto esquema de corrupção e tráfico de influência na Casa Civil, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez uma referência ao período em que sua adversária Dilma Rousseff, do PT, foi titular da pasta. “Se (Dilma) sabia, é crime. Se não sabia, não é boa administradora, […]
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Ao comentar mais uma denúncia sobre um suposto esquema de corrupção e tráfico de influência na Casa Civil, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez uma referência ao período em que sua adversária Dilma Rousseff, do PT, foi titular da pasta. “Se (Dilma) sabia, é crime. Se não sabia, não é boa administradora, porque anos e anos com um esquema feito ao lado do gabinete, com distribuição de propinas até para a compra de remédios, o que é especialmente mórbido, não dá”, afirmou.
Ele se referia à reportagem publicada na revista Veja que circulou ontem, sobre o recebimento de propina de R$ 200 mil por Vinícius Castro, ex-funcionário do ministério e sócio de Israel Guerra, filho de Erenice Guerra.
Serra destacou que o suposto esquema de pagamento de propina acontecia desde o período em que Dilma comandava a Casa Civil. “Tudo o que eles querem é dizer que eleição é uma coisa e que governo é outra. A gente sabe que não é assim. Um esquema como este na Casa Civil não se criou a partir de abril (quando Dilma deixou o governo para iniciar campanha).”
O tucano disse que “é preciso dar um basta” à corrupção no governo federal. O candidato afirmou que a população está mais informada sobre as denúncias que envolvem a ex-ministra Erenice do que sobre a quebra de sigilo fiscal de pessoas próximas a ele. “Muita gente no Brasil não entendeu o que é quebra de sigilo, embora seja um crime grave. Mas, todo mundo sabe o que é corrupção, o que é mensalão, o que é propina”, declarou.
Serra não quis, no entanto, especular sobre o possível impacto das denúncias na campanha de Dilma. Ele procurou destacar a importância da Casa Civil, que classificou como “o coração do governo”. “Já é o terceiro escândalo da Casa Civil deste governo”, lembrou.
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