Entrada de dólares no país em setembro pelo segmento financeiro é recorde

A entrada líquida de dólares – descontada a saída – no país chegou a US$ 13,726 bilhões em setembro deste ano. No mesmo mês do ano passado, a entrada de dólares foi bem menor: US$ 1,365 bilhão. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Banco Central (BC). Essa forte entrada de dólares foi influenciada pelo […]

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A entrada líquida de dólares – descontada a saída – no país chegou a US$ 13,726 bilhões em setembro deste ano. No mesmo mês do ano passado, a entrada de dólares foi bem menor: US$ 1,365 bilhão. Os dados foram divulgados hoje (6) pelo Banco Central (BC).

Essa forte entrada de dólares foi influenciada pelo segmento financeiro, formado por investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações. Por meio do fluxo financeiro, entraram no país US$ 16,716 bilhões, o maior resultado registrado em toda a série histórica do BC, iniciada em 1982.

No segmento comercial (operações de exportações, de importações e de financiamentos ao setor), houve saída líquida de US$ 2,989 bilhões.

 Os dados do fluxo cambial também trazem o saldo da entrada de dólares no primeiro dia deste mês, que ficou em US$ 977 milhões. Houve entrada de US$ 1,316 bilhão pelo fluxo financeiro e saída de US$ 339 milhões pelo segmento comercial.

Com isso, de janeiro até 1º de outubro, houve entrada líquida de US$ 18,098 bilhões, contra US$ 8, 932 bilhões registrados em igual período de 2009. No acumulado deste ano, houve entrada de US$ 22,876 bilhões pelo fluxo financeiro e saída de US$ 4,777 bilhões pelo segmento comercial.

Para conter a entrada de dólares no país e a consequente queda da moeda, na última segunda-feira (4), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o aumento de 2% para 4% da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre investimentos estrangeiros em renda fixa no Brasil.

Hoje o governo anunciou medida que abre espaço para que o Tesouro Nacional possa adquirir moeda estrangeira no mercado à vista para quitar parcelas a vencer da dívida externa com quatro anos de antecedência e não mais em dois como era antes. A medida pode ajudar a conter a queda do dólar.

O BC também informou hoje que as compras de dólares no mercado à vista elevaram as reservas internacionais em US$ 10,757 bilhões, em setembro, e em US$ 150 milhões, no dia 1º de outubro.

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