Defesa de Cantor vê falhas em processo de cassação
A defesa do vice-prefeito afastado Carlinhos Cantor apontou falhas em todo o processo da composição da Comissão Processante, que pode cassar o parlamentar por quebra de decoro. O mesmo argumento foi utilizado pela defesa de Artuzi há 15 dias, na CP da Saúde. Os advogados de Carlinhos também tentam convencer os vereadores de que o […]
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A defesa do vice-prefeito afastado Carlinhos Cantor apontou falhas em todo o processo da composição da Comissão Processante, que pode cassar o parlamentar por quebra de decoro. O mesmo argumento foi utilizado pela defesa de Artuzi há 15 dias, na CP da Saúde. Os advogados de Carlinhos também tentam convencer os vereadores de que o processo deve ser arquivado.
O documento foi protocolado na última sexta-feira na Câmara Municipal, último dia para a entrega das defesas acerca das acusações contidas neste processo, que teve origem nas manifestações de movimentos populares, que cobram investigações sobre as Operações Uragano, Brothers e Owari, todas desencadeadas pela Polícia Federal.
De acordo com o advogado José Vanderlei Bezerra, que representa a defesa de Cantor, o processo é inepto. Segundo eles as falhas começam na composição da Comissão Processante, que “não respeitou o princípio da pluripartidária”. “Detectamos que ninguém do partido Democratas deveria fazer parte da Comissão. Dos três membros, dois são deste partido”, acrescenta.
Uma comissão deve ser montada para escolher os membros da CP e não foi isto o que aconteceu. “A plenários definiu presidente, relator e membro”, destacou, observando que a CP também não explicitou quais as irregularidades supostamente cometidas por Cantor. “Creio que o julgamento do meu cliente está sendo meramente político, não respeitando a legislação”, acrescenta.
Questionado sobre a decisão da Câmara em prosseguir o processo contra Artuzi, mesmo a defesa tendo apontado os mesmos argumentos, José Bezerra acredita que desta vez a decisão será diferente. “Buscamos nos aprofundar nestes detalhes e no que diz a lei. Também detectamos outras falhas que devem ser levadas em conta desta vez. A Comissão é inepta e sendo assim deve ser arquivada”, assegura.
Bezerra diz que o documento também pede para que testemunhas de defesa sejam ouvidas no processo, caso ele seja continuado.
O procurador da Câmara de Dourados, Alexandre Magno disse ao Douradosagora que não tinha ainda o conhecimento do teor do documento, nem que ele tenha sido protocolado na Câmara.
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