Calçada vira obstáculo para pedestres na avenida Júlio de Castilhos
Crianças, idosos, adultos e até portadores de deficiências têm de enfrentar um caminho com buracos, terra, lama e sujeira
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Crianças, idosos, adultos e até portadores de deficiências têm de enfrentar um caminho com buracos, terra, lama e sujeira
Buracos, terra, lama e sujeira. Esse é o cenário que idosos, crianças, adultos e até mesmo deficientes têm que enfrentar quando precisam usar uma das calçadas da Avenida Júlio de Castilhos, na Região do Santo Amaro, nas proximidades da Escola Estadual Arlindo Andrade Gomes, em Campo Grande.
Os transtornos que a calçada impõe às pessoas podem ser ilustrados pelas dificuldades que Nênio Rodrigues – de 61 anos e cadeirante há mais de 25, devido a um acidente automobilístico – tem de enfrentar para chegar até o ponto do ônibus que fica bem no meio da rodovia.
Com diversos buracos, sujeira e lama, o caminho de 20 metros torna-se uma via crucis para Nênio. Com dificuldade, ele tem de se desviar dos obstáculos e, muitas vezes, um buraco emperra a cadeira e quase a faz cair e derrubar Nênio.
“Essa calçada é péssima. Seria mais fácil eu ir pela rua, mas é muito perigoso. A gente tem que ir desviando dos buracos, e de vez em quando a cadeira emperra. Todo mundo depende de todo mundo, mas uma coisa é alguém oferecer e outra você pedir. Se alguém me ajuda aqui, quem vai me ajudar depois?”
Se para o cadeirante Nênio a calçada é um obstáculo penoso, para outras pessoas que passam pela região ela também representa dificuldades. O idoso Aurelino Sampaio, de 73 anos, diz que a calçada é uma “vergonha” e que já causou acidentes. Segundo ele, uma mulher tropeçou no local e se machucou muito.
“Isso não é uma calçada; é melhor andar na rua do que aqui. Há muita sujeira, e, quando chove, ela fica cheia de lama e as pessoas têm que desviar. Um dia, uma ‘dona’ estava passando por aqui e acabou caindo e se machucando toda”, afirma o idoso.
Os moradores da região também alertam que a calçada, próxima a uma escola, coloca em risco muitas crianças, que tropeçam e se ferem, no horário de saída das aulas. Testemunhas disso são as estudantes da oitava série da Escola Estadual Arlindo Andrade Gomes, Yasmine Haddad, Lucy Braga e Michele Silva. Elas contam que os estudantes reclamam há muito tempo e que vários já se feriram ao tropeçarem na calçada.
O diretor-adjunto da escola, Vergílio Rodrigues, informa que, entre outros assuntos, o problema da calçada será discutido em uma reunião que vai acontecer nos próximos dias com os pais dos alunos, e o resultado deverá ser levado ao poder público estadual.
“A calçada é um problema grave, mas a cidade tem outros buracos que são gravíssimos. Nós vamos fazer uma reunião com os pais e esse assunto será discutido para ser levado até o poder público”, afirma o diretor.
(Editado às 9h25, para correções)
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