Após perder 4,15% em dois dias, Bolsa sobe 2,47%
Após perder 4,15% nas duas últimas sessões, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou por um ajuste positivo hoje, seguindo os mercados globais. Por ter caído mais desde segunda-feira, também reagiu com mais força hoje e voltou a registrar ganhos no ano (+1,52%). Ainda que não haja nenhuma grande novidade no front econômico […]
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Após perder 4,15% nas duas últimas sessões, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou por um ajuste positivo hoje, seguindo os mercados globais. Por ter caído mais desde segunda-feira, também reagiu com mais força hoje e voltou a registrar ganhos no ano (+1,52%). Ainda que não haja nenhuma grande novidade no front econômico capaz de atenuar a lista de preocupações que tem causado aversão dos investidores, alguns dados econômicos positivos nos Estados Unidos e na Europa favoreceram o retorno do apetite ao risco. Amanhã, com o feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA, o dia deve ser de baixa liquidez e cautela, segundo analistas.
O índice Bovespa fechou em alta de 2,47% a 69.629,36 pontos, sem se desviar da rota positiva. Na máxima do dia, o Ibovespa atingiu 69.746 pontos, avanço de 2,64%. O volume financeiro negociado foi de R$ 6,72 bilhões.
Segundo o estrategista-chefe da SLW, Pedro Galdi, as bolsas caíram com tanta força nos últimos dias que acabaram atraindo compradores. “Os vetores que derrubaram a Bolsa continuam aí. O que aconteceu hoje foi puramente um ajuste técnico e a recuperação dos papéis esteve diretamente relacionada ao tombo que as empresas tomaram”, analisa. Nas próximas duas sessões, Galdi diz que o mercado deverá ficar à mercê de novas notícias vindas da Europa, por causa da agenda esvaziada nos EUA.
Em relação ao anúncio da equipe econômica do governo de Dilma Rousseff, os analistas dizem que os nomes já estavam “precificados e digeridos”. “Não houve nada que pudesse assustar o mercado de forma geral. Há apenas ajustes pontuais nos juros”, afirma um operador.
O ambiente favorável foi sendo construído ao longo da manhã de hoje. O índice IFO de sentimento econômico do empresariado alemão em novembro deu início à trégua do mercado. O indicador foi para o maior nível desde a reunificação do país. Além disso, alguns dados vindos dos EUA, ainda que divergentes, reforçaram o viés de alta. No principal deles, o mercado de trabalho norte-americano registrou queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego para o menor nível desde julho de 2008.
Diante deste cenário de retomada momentânea no apetite pelo risco, o preço das matérias-primas (commodities) voltou a subir, ajudando os negócios na Bovespa. As duas maiores empresas do Ibovespa tiveram um dia de recuperação, com altas superiores a 2%. Vale PNA subiu 2,70%, enquanto Vale ON avançou 2,54%. Petrobras PN teve alta de 2,39% e Petrobras ON valorizou 2,01%. A única queda foi a da CPFL Energia ON (-0,03%).
Até as 18h45, nas Bolsas norte-americanas, o S&P-500 registrava alta de 1,30%, o Dow Jones ganhava 1,19% e o Nasdaq operava em alta de 1,80%. As Bolsas de Nova York encerram o pregão às 19 horas (de Brasília).
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