Um torneio reunindo algumas das melhores seleções do mundo sempre será acirradamente disputado. E é isso o que as odds da Betfair, plataforma onde se pode fazer apostas online, indicam quanto ao favoritismo dos times vistos como os que têm mais chances de levar o troféu para casa. De acordo com a casa de apostas online, a é a atual favorita ao título, com 34% de chances de ganhar a Copa América. Já o Brasil é o segundo favorito, com 32% de chances de vencer o campeonato pela segunda vez seguida após fazê-lo em casa em 2019. 

Uma vez que as odds estão tão próximas, ainda é possível que o Brasil prove em campo que ele é o favorito a mais um título da Copa América. Mas isso dependerá das atuações do elenco brasileiro, que contará com uma boa mistura de veteranos e jogadores promissores em uma viagem à Colômbia para reconquistar a América do Sul. 
 

Uma boa oportunidade para brilhar 

Muitas das reclamações quanto ao técnico Tite, que comanda a Seleção Brasileira desde 2016, geralmente envolvem o conservadorismo tanto em suas táticas quanto em suas convocações. O comandante da amarelinha já demonstrava uma grande lealdade ao núcleo forte dos seus times desde seus tempos de Corinthians, e isso é transmitido de forma quase idêntica no seu trabalho com a Seleção. 

Entretanto, a convocação de Tite para a Copa América foi um bom desvio de tais hábitos. Enquanto ainda há a presença dos “veteraníssimos”, que provavelmente formarão a base titular dos times selecionados por Tite, há também a presença de alguns nomes que ainda não conseguiram seu lugar ao sol, mas que têm total potencial para tal. 

Este talvez não seja o caso com a escolha dos goleiros, uma vez que Tite resolveu manter os nomes de Alisson e Ederson, dos times ingleses Liverpool e Manchester City, respectivamente, em sua convocação. O terceiro nome é Weverton, arqueiro do Palmeiras, que já havia tomado o lugar de Cássio, do rival paulista Corinthians, na preferência de Tite como a terceira opção para defender as traves brasileiras. 

Mas a partir da defesa a figura muda em favor dos nomes não tão estabelecidos. Daniel Alves e Thiago Silva são velhos conhecidos da torcida brasileira, com o primeiro tendo quase 120 atuações com a Seleção ao longo da sua carreira. Mas entre eles estão também o lateral Renan Lodi, que tem feito um bom trabalho no Atlético de Madrid, da Espanha – dois anos após sua saída do Athletico Paranaense –, e o zagueiro Éder Militão, do Real Madrid, que tem sido o nome preferido de Zinedine Zidane para substituir o veterano Sergio Ramos sempre que este se encontra lesionado ou suspenso. 

No meio-campo, encontramos mais “velhos de guerra” em Casemiro e Fred, além também de Éverton Ribeiro graças à continuidade de seu trabalho como ponto focal dos esforços ofensivos do desde sua chegada ao time em 2017. Mas aqui há também novos nomes como o de Douglas Luiz, que foi peça importante para o Aston Villa, da Inglaterra, em uma batalha que quase colocou o time na Liga dos Campeões. E também Lucas Paquetá, ex-jogador do que hoje se encontra no Olympique Lyon, da França, que disputou de forma bastante acirrada um potencial título da liga francesa contra Lille, Mônaco e o todo-poderoso Paris Saint-Germain, de Neymar. 

E falando no astro brasileiro, que também marca presença na convocação de Tite, o setor de ataque também traz um prospecto promissor em Vinícius Júnior. O jovem atacante é outro favorito de Zidane no Real Madrid, muito por conta de sua disposição tanto para partir para o ataque quando a oportunidade aparece quanto para se sacrificar e defender os lados do campo quando necessário. 

No mais, Tite conta com um elenco bem forte e com peças que fariam inveja até ao maior rival do torneio, a Argentina. Mesmo que as casas de aposta ainda não vejam o Brasil como o favorito ao título – ou pelo menos não como o amplo favorito –, nada está perdido para a Seleção Brasileira. Sob tais condições, vencer mais uma Copa América é algo que depende em boa parte dos nossos próprios esforços, ainda mais se o comandante brasileiro conseguir achar um bom balanço entre veteranos e não-veteranos ao longo do torneio. Uma receita que já se mostrou vitoriosa em 2019.