Indústria sul-mato-grossense fecha mais de 380 postos de trabalho em 2015
Há dez anos, o mês de janeiro não apresentava saldo negativo
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Há dez anos, o mês de janeiro não apresentava saldo negativo
As indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, do Mato Grosso do Sul, tiveram uma redução líquida de postos de trabalho, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul). Em janeiro houve uma diminuição de 382 vagas, sendo que em todo o período de 2005 a 2015 essa foi a primeira vez que o mês teve saldo negativo no setor.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, o quadro de demissões líquidas segue concentrado, basicamente, na indústria da construção civil, que foi responsável pelo fechamento de 805 vagas em janeiro. “Condição semelhante também ocorreu para o conjunto da economia estadual, com a redução líquida de 1.270 vagas em janeiro de 2015. De modo semelhante à indústria, em todo o período de 2005 a 2015 esse foi o primeiro mês de janeiro com saldo negativo para o conjunto das atividades econômicas do Estado”, reforçou.
Ezequiel Resende destaca o conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou janeiro de 2015 com um contingente de 133.233 trabalhadores formalmente empregados, queda de 0,3% em relação a dezembro de 2014. “Apesar do desempenho negativo, a indústria ainda segue respondendo pelo 2º maior contingente de trabalhadores formais empregados no Estado, com participação de 20,9% sobre o total. O setor fica atrás somente de serviços, que emprega formalmente 182.130 trabalhadores e tem participação equivalente a 28,6%”, detalhou.
Detalhamento
Em Mato Grosso do Sul, conforme o Radar Industrial da Fiems, em janeiro 104 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 1.338 vagas. Entre as atividades industriais com saldo positivo de pelo menos 40 vagas destacam-se distribuição de energia elétrica (+127), manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica (+96), fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico (+74), confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas (+67), fabricação de obras de caldeiraria pesada (+56), manutenção e reparação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras, exceto para veículos (+51), fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias de celulose, papel e papelão e artefatos (+46), montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (+46), serviços especializados para construção não especificados anteriormente (+42) e coleta de resíduos não-perigosos (+41).
Por outro lado, segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, no mesmo período, 77 atividades industriais apresentaram saldo negativo em Mato Grosso do Sul, proporcionando o fechamento de 1.720 vagas. Entre as atividades industriais com saldo negativo de pelo menos 40 vagas destacam-se obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (-657), construção de rodovias e ferrovias (-214), fabricação de açúcar em bruto (-137), fabricação de álcool (-128), captação, tratamento e distribuição de água (-61), abate de suínos, aves e outros pequenos animais (-60) e obras de urbanização – ruas, praças e calçadas (-47).
Em relação aos municípios, Ezequiel Resende explica que em 42 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação em janeiro de 2015, proporcionando a abertura de 699 vagas, com destaca para Angélica (+85), Nova Andradina (+80), Aparecida do Taboado (+76), Itaquiraí (+60), Corumbá (+57) e Naviraí (+55). Já em 27 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, provocando o fechamento de 1.081 vagas, com destaque para Três Lagoas (-483), Dourados (-110), Paranaíba (-68), Maracaju (-60), Bataguassu (-51) e Terenos (-42).
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