“O deveria mudar a política de preços dos no Brasil”. A frase, de Glauber Aguiar, diretor do Observatório Econômico, entidade ligada ao Sindifiscal (Sindicato dos Fiscais Tributários de Mato Grosso do Sul), é apenas mais um grito da multidão que pede ao presidente Jair Bolsonaro essa mudança. Na teoria econômica liberal, Clauber Aguiar não se nega em concordar, mas do ponto de vista prático, essa política está amassando o bolso do trabalhador brasileiro.

Para Clauber Aguiar, o governo federal precisa entender – do ponto de vista humano – que o brasileiro não está aguentando essa política. “Apesar do Brasil ser territorialmente o 5º maior país do mundo, em termos de PIB (Produto Interno Bruto) no mundo significamos apenas 0,2%, isto é, não significamos quase nada. Por isso, não dá para acompanhar países desenvolvidos”, explicou Clauber Aguiar.

Outra preocupação do diretor do Observatório Econômico vem da inflação. De acordo com Clauber Aguiar, está evidente que são os combustíveis os maiores causadores da inflação, porque a cada alta de preços todas as cadeias produtivas os acompanham em efeito cascata, principalmente porque a logística brasileira é quase toda rodoviária. Clauber Aguiar lembra que em apenas um dia o preço do barril de petróleo saltou de US$ 104 para US$ 120. “E quando esse elevação vem junto da alta do , a combinação fica nefasta para a maior parte da população”, explicou.

Hoje, o Brasil aumenta o preço dos combustíveis baseando-se nestes dois fatores: preço do barril de petróleo e o câmbio do dólar. Como estas duas matrizes estão em alta, o bolso de pessoas em países em desenvolvimento sofrerá mais. Além disso, no caso do Brasil, não há alternativa ferroviária para transportar pessoas, com exceção à capital São Paulo. Ao mesmo tempo que o Brasil usa essa política, o governo federal eleva os juros da Selic (Taxa de Serviço de Liquidação e Custódia) para tentar conter a inflação e frear o consumo. “Por enquanto não se vê nenhuma coisa, nem outra”, disse Clauber Aguiar.