Dólar emplaca 6ª alta seguida e fecha a R$ 3,53
Moeda acumula valorização de 6,19% frente ao real
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Moeda acumula valorização de 6,19% frente ao real
O dólar à vista emplacou hoje sua sexta alta consecutiva ao avançar 1,35% e fechar aos R$ 3,536. Nessas seis sessões, a moeda acumula valorização de 6,19% frente ao real. A aversão ao risco mais uma vez ditou a tendência da moeda norte-americana, diante da percepção de que a cada dia crescem as chances de perda do investment grade e também de um impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Entre as derrotas recentes sofridas pelo governo estão a perda de partidos aliados (PDT e PTB), a aprovação no Congresso de medidas que aumentam os gastos públicos e a crescente perda de popularidade da presidente Dilma Rousseff. A cada sinal de comprometimento da governabilidade, o mercado aumenta a busca por posições defensivas. Na máxima do dia, o dólar à vista chegou a bater R$ 3,568, numa alta de 2,26%. Segundo operadores, a pressão foi incrementada em alguns momentos por movimentos de “stop loss” (interrupção de perdas).
No início da tarde, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou que o nível atual de câmbio está muito acima do que seria explicado pelos fundamentos econômicos e que comprar dólares nos atuais patamares pode representar risco de perda no médio prazo. A fala do diretor não gerou reação significativa no mercado de câmbio, apesar de analistas verem nela um possível recado do BC antes da adoção de alguma medida para tentar conter a incessante alta da moeda norte-americana.
A deterioração do cenário político ficou evidente em uma pesquisa da XP Investimentos com cem clientes institucionais. Na pesquisa, divulgada internamente no dia 4 de agosto, 100% dos investidores evidenciaram que consideram alguma probabilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff. No levantamento anterior, realizado em abril, esse porcentual era de 53%. Essa deterioração também se reflete no âmbito popular. Conforme pesquisa do Datafolha, a reprovação do governo Dilma atingiu 71%, patamar superior ao de Fernando Collor à época do impeachment.
No mercado futuro da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar com vencimento em setembro operava há pouco em R$ 3,560, com alta de 1,28%.
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