O pesquisador Sérgio Manoel da Cruz foi empossado como imortal na ASL (Academia Sul-mato-grossense de Letras). Ele assume a 22º cadeira da academia a Oliva Enciso e Rêmolo Letteriello.

Além de pesquisador, Sérgio foi escritor, jornalista e radialista. A cerimônia de posse aconteceu na sexta-feira (3).

No discurso, ele destacou o desejo de integrar o grupo de imortais da ASL. “Sempre quis estar aqui (na ASL) e sinto que chego a tempo. Espero estar preparado para corresponder às minhas próprias expectativas”.

Ele integrará a área de ‘pluraridade literocultural’ da Academia em Mato Grosso do Sul. “A Academia sempre trabalhou pela inclusão cultural através de vários projetos permanentes, que tem desenvolvido com o êxito esperado. Vou participar desta força-tarefa”, afirmou durante a cerimônia.

O acadêmico Américo Calheiros fez saudação ao novo integrante. Segundo ele, Sérgio “teve uma marcante atuação como radialista, jornalista, político e escritor. Tudo que fez, foi de seu jeito, emprestando a cada uma dessas áreas, sua inteligência, sua força criativa e sua personalidade”.

Américo ressaltou ainda que Sérgio Cruz “escreveu uma história rica e interessante de vida, e representa todos aqueles a quem a capacidade de resiliência permite a vitória sobre todas as adversidades.”

O secretário-geral da ASL, Rubenio Marcelo, conduziu a cerimônia, que contou com a presença de diversos nomes. Entre eles, o presidente da Academia, Henrique de Medeiros, que destacou a participação de Sérgio em relação à cultura estadual.

Assim, o presidente da Academia pontuou que a trajetória de Sério “pode ser considerada como a resistência e a vitória de um verdadeiro brasileiro, pela sua história de vida”. Os acadêmicos Pedro Chaves e Humberto Espíndola acompanharam Sérgio na entrada da cerimônia.

Também participaram do evento os músicos Moacir Lacerda, Gilson Espíndola e Luiz Sayd.

Currículo

Bacharel em Ciências Econômicas e em Ciências Políticas, autor de nove livros, escritor, jornalista, radialista e pesquisador, Sérgio Manoel da Cruz é natural de Salgueiro, Pernambuco. Contudo, mudou para Campo Grande há sessenta anos, em 1963.

Sérgio Cruz possui diversas produções autorais. Entre elas, os livros Guerra ao Contrabando (1984), Pantanal – O Estado das Águas (1999), Por que mataram o doutor Ari (2001), Sangue de Herói (2002), Datas e fatos históricos do Sul de Mato Grosso ao Estado do Pantanal (2004), Sangue no Oeste (2021), Campo Grande, 150 anos de história (2022), História da Fundação de Mato Grosso do Sul (2022) e Campo Grande, força e luz (2023).

Além disso, foi deputado federal por Mato Grosso durante uma legislatura. Na política também teve mandato como deputado estadual e deputado federal por Mato Grosso do Sul.

Foi reconhecido pelos seus trabalhos no Estado com os títulos de cidadão sul-mato-grossense, cidadão campo-grandense, além de cidadão douradense – por sua atuação político-educativa apresentando o primeiro projeto para a criação da Universidade Federal da Grande Dourados, na Câmara dos Deputados – e cidadão Novo Horizontino do Sul pela sua luta em defesa dos brasiguaios.

Como radialista participou de dez rádios nas cidades de São Paulo e Santo André – SP, Cuiabá – MT, Dourados e Campo Grande – MS e em duas emissoras de televisão em Campo Grande – MS. Como redator, trabalhou em nove jornais de São Paulo e Mato Grosso do Sul, entre eles o Progresso, Diário da Serra, Tribuna, Jornal do Povo, Primeira Hora e Boca do Povo.

Foi premiado como jornalista em Mato Grosso do Sul. Por fim, na área artístico-cultural, é compositor com músicas gravadas por Aurélio Miranda, Tostão e Guarani, Simona, Pininha e Verinha, Duo Glacial e José Bétio.

Agora integra a ASL, que possui 52 anos de história. A Academia foi fundada no dia 30 de outubro de 1971, com atuação no cultivo da arte literária e todas as expressões artísticas. No total, são 40 Cadeiras vitalícias na Casa Cultural.